O MAIOR DESTAQUE CONCEITUAL EM FORMA DE LIVRO: O DICIONÁRIO DE CONTABILIDADE
Havíamos na literatura contábil poucos livros de
conceitos, e dicionários muito raros.
Destacava-se o dicionário de Paul Otlet, entre mais
duas obras sobre conceitos, uma aqui da América do Sul, se não me engano, e
outra da Europa.
Mas dicionário mais formado era o de Otlet, por uma
condição ímpar, dentro do nível de cultural contábil.
Pudera, ele fazia parte dos grupos de conceituação
internacional.
Poucos sabem mas o movimento de normas começa na
ACADEMIA, e não com INSTITUIÇÕES de cunho PRIVADO com interesses particulares.
A academia queria que os conceitos gerais de
contabilidade fossem muito bem destacados.
Foi uma evolução, a publicação, o ensino, e a
escola normativa neste aspecto, primeiro Godefroid em 1864, depois, Rochet em
1892 na França, chegando em Otlet em 1901, deste professor da Marcell Mommen em
1945 criador da “jornadas de contabilidade”.
Reuniam-se geralmente na Bélgica ou França para se discutir
o caráter geral das contas contábeis.
Na época o movimento acadêmico não queria produzir
normas, porque elas apenas orientam ao débito e crédito, queriam criar um PLANO
DE CONTAS, com todos os grupos, sub-grupos, e contas especiais.
Mas decerto, como pode o contador falar de normas
sem ter-se ao menos os planos de contas? Os defeitos do movimento internacional
se encontram em sua base. Fala os manuais e elencos de contas para se proceder a devida consulta.
No Brasil, a comissão era formada especialmente
pelo grande mestre Lopes de Sá, e outro grande doutrinador, pouco comentado,
que é Almada Rodrigues, que seria seu orientador na tese de doutorado.
Ambos fizeram seus aportes, mas a posição do
fluente em francês, com Lopes de Sá, aplaudida por todos, fizeram ser adotado o
plano de contas da américa do sul, como aquele que havia sugerido.
No caso o seu plano de contas se embasada num
elenco bastante promissor e geral, numa distinção especial de contas especiais,
como podemos deduzir:
a)
Investimentos e equipamentos ou
capital fixo
b)
Finanças ou capital de giro
c)
Relações com terceiros (capital de
terceiros)
d)
Elementos operacionais de base
e)
Custo e produção
f)
Distribuição e resultado
Este plano de contas, discutido, melhorado e
resultado neste esquema, fora considerado o único aceito para as américas, e a
sua sugestão original foi dada pelo emérito professor Sá.
Mesmo assim os americanos não o aceitaram muito,
tanto é que criaram depois de anos, o seu próprio modelo influindo e muito nos
institutos internacionais.
Todavia, mesmo assim a sua proposta era considerada
muito singular, admitida pelos maiores nomes da ciência contábil daquela época,
porque Mommen tinha uma vantagem muito grande: convidava todos os grandes
autores e professores de todas as partes do mundo, quem tinha recursos e quem
não tinha, porque sua intenção era juntar as “cabeças” na criação do plano de
contas internacional.
Retratos de sua tese sobre a normatização
internacional, estão no apêndice do livro “princípios e preceitos da
contabilidade industrial”, que já divulgamos aqui na internet, há muito tempo atrás.
Além disso, a colaboração do mestre lhe dera depois
um prêmio internacional de contabilidade no setor de normas, o Joseph Antonioz
em Roma.
Por isso o primogênito na condição internacional de
produção de conceitos e esquemas de normas sem dúvida fora o mestre mineiro.
Mas não para por aqui, os esforços de todos os
ilustres professores era criar um elenco e um esquema de contas e que ele fosse
aceito pela maioria pelo vigor lógico, e não pela força política.
Destarte, de modo muito importante temos as
posições colocadas pelo mestre Lopes de Sá. Mas tínhamos no mundo apenas um dicionário de Paul
Otlet, e poucos esforços isolados.
Para se criar um dicionário é necessário ao
escritor um caráter de invulgar doutrina e cultura, sem contar grande
organização. Lopes de Sá publicara um dicionário na década de
60, trabalho esse que o consagrou em solo brasileiro.
O seu trabalho nem se compara com outros
dicionários escritos depois, ou até mesmo com algum trabalho escrito antes.
Ele fizera segundo nossa posição o MAIOR DICIONÁRIO
DO MUNDO.
Seu trabalho fora feito em quatro volumes
inicialmente.
Antigamente não havia problemas em escrevermos em
mais de um volume, hoje há uma restrição mercadológica muito grande( trabalhos com mais de um volume custam vender, todavia, naquela época fora esgotada a edição muito rápido).
Após esta posição de ter escrito o dicionário, das
obras suas famosas, já escrita, o trabalho que mais despontou foi esse.
Em suma o melhor DICIONÁRIO DO MUNDO de contabilidade
é o do BRASIL, do mestre LOPES DE SÁ.
Sem desmerecer os outros trabalhos e os outros
talentos, este é o maior trabalho conceitual, pois, padroniza pela lógica os
principais vocábulos e verbetes de nossa disciplina.
A tentativa inicial de padronização era a criação
de conceitos gerais, e não normas de ordenança quase jurídica sem poder
estatal.
Neste intento a colocação dos conceitos gerais, só
pode ser admitia com base científica, lógica, e realmente derivada da cultura.
O mestre Sá conseguia este intento sendo o seu
dicionário o melhor do mundo, e logo, desenvolvendo para todos os ilustres
contadores uma base para a NORMATIZAÇÃO INTERNACIONAL.
Pena que esta posição não fora bem entendida, já
que os grupos normativos nenhum deles se embasa neste dicionário, ou qualquer
literatura para criar normas, visto que isso foi dito pelo representante do
Brasil no IASB, em alto e bom som se expressava: “Agora o grupo vai se embasar
na literatura para produzir suas normas.”.
Transparece, então, o maior trabalho de conceitos gerais de
contabilidade que um contador já fez, e brasileiro, latino, sul-americano, o
grande mestre Lopes de Sá.
Seu atual trabalho foi modernizado por ninguém mais que sua filha, Ana Maria Lopes de Sá, co-autora da obra (e já algum tempo participa dessa parceria), este realmente mais abrangente traz em seu bojo as identificações do maior livro de padronização dos conceitos do mundo.
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