O VERDADEIRO SENTIDO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Os países
democráticos em tese são os que possuem liberdade, isto é, livre vontade e
possibilidade de manifestação dos seus cidadãos e pares. Direito igual de expressão. A mídia é livre.
O comércio é livre. Formalmente e essencialmente. Formalmente no aspecto de
possibilidade de abertura de empresas com facilidade, e mesmo do seu fechamento
sem burocracias, e essencialmente com poucos impostos, sem políticos ganhando
muito, com muitas empresas, muito emprego, e o Estado com poupança cada vez
mais crescente. Esse é o sentido de liberal, e automaticamente de liberdade de
expressão.
A forma
livre de expressão sujeita-se no poder falar o que queira, sem ser alvo de
estigmas, de ter o espaço para publicar em qualquer jornal ou site, e de falar
o que se analisa e comprova independentemente dos partidos, das academias, e de
outras religiões. Obstante, publicar sem impedimentos.
No Brasil
ainda há muitas fronteiras, porque os escritores não conseguem publicar em
todos os jornais mesmo os técnicos. Há um tipo de censura velada. Ainda em se
tratando de doutrina científica. Quando se pede também incentivos para
publicação, a desculpa sempre é o “tribunal de contas”, e por outro lado, os
custos para se publicar são muito altos. Isto de certa maneira é um cerceamento
da liberdade. E se os meios de comunicação tem apenas uma linha pior ainda. Nós
tínhamos que ter mais possibilidade.
Outro dia
assistindo a um canal de televisão, detectei seriamente que uma atriz elogiava
um partido, e condenava outro. Depois um outro artista fazia a mesma coisa.
Outro defendendo uma linha, e assim por diante. Por mais que haja uma “imprensa
livre”, e uma mídia “aberta”, o importante é nós termos cerca de dois, três,
quatro opiniões diferentes, sobre assuntos políticos. Na ciência é a mesma
coisa, não se pode acreditar num “intelectual” que lê um livro apenas. Um
verdadeiro cientista se faz com muita leitura, estudo, revisão dos seus
trabalhos, em muitos anos de estudo e investigação.
Se na
contabilidade, por exemplo, tivéssemos uma real liberdade de investigação, no
Brasil não estaríamos hoje repetindo sempre uma mesma linha. Tudo iria estar
muito mais avançado. Não há espaço para debate teórico, ou opiniões diferentes
em matéria de nossa ciência. Tudo restrito a uma escola, ou a uma tendência de
pesquisa. Tudo é limitado. A apresentação de outras escolas e vertentes
teóricas, até dos próprios brasileiros é exposta com deboche, riso, jocosidade,
e reveria, portanto, o monopólio acadêmico assim se fez, seja apoiado pelos
grandes institutos empresariais, seja ainda apoiado por instituições do governo,
sendo que não há um curso de mestrado ou doutorado que se estude quatro ou
cinco escolas de contabilidade, ou mesmo diversas vertentes em qualquer escala
do solo nacional. E os que assim faziam foram fechados em curto espaço de
tempo. Isso é um tipo de formalismo para impedir a multiplicação de doutores e
mestres e tomar a alienação do curso nas mãos de uma minoria da mesma maneira,
e com apenas um tipo de visão, os “senhores do conhecimento”, aqueles que
penetraram no “décimo céu” da ciência. Esse é o tipo formalismo teórico falsae
autorictates scientia.
A
liberdade de expressão política, todavia, é muito mais ampla, adquirindo o
albergue de posicionamento de qualquer opinião. Ou seja, ser livre, e pelo fato
de pensar diferente, não ser tratado como errado por um ideal diverso, porque não exista dono da verdade, de não ser alvo de deboche porque fez uma crítica A
ou B, só porque se acha que um lado deve ser intocável, e absolutamente digno
de todo louvor. Um lado apenas deve ser respeitado e não o outro. Isso no âmbito
político. No âmbito científico as análises são mais criteriosas. Embora exista
uma ciência política, aqui estamos tratando da opinião comum, ou mesmo do
direito de se expressar e não do conteúdo do expressado.
Quem trata
mal uma opinião de terceiro, sem discutir para avaliar a verdade dela é
portador de censura, geralmente isso vem com sectarismo, fanatismo, e defeitos
de raciocínios. Comumente isso vêm da ideologia. Esta tem uma
característica fundamental: se intitular como dona da verdade, e cometer uma
aversão com a opinião alheia. Basicamente isso. E os ideologistas assim se
nivelam, se comparando com os grandes portadores da verdade, os iluminados do
planeta terra, que foram responsáveis até pelos assassinatos de milhões pelo
puro prazer de ver a ideologia se impregnando, evitando toda e qualquer
manifestação contrária.
A morte
pode ser justificada pela ideologia, e o crime também. Pouco a pouco na
sociedade moderna vemos avançando com muita força este tipo de tendência, a de
moralização do crime e da injustiça, pelo próprio prazer de manter a ideologia,
e assim vê-la autocrática, sem qualquer alternativa de contrário, e ao passo, se
permitindo tudo, desde quando seja membro sectário do grupo, da linha, e do
partido, que alimenta o mesmo tipo de ideia sanguinária e antidemocrática, que
era para ser extinga do vocabulário humano há muitos decênios.
Numa real
democracia, cada um deve ter a sua opinião e ninguém está acima do bem e do
mal. Todos devem ser respeitados.
No Senado
há partidos donos da censura, basta que se discorde dos deuses deles, e eles já
ficam com raiva. Ou ainda apelam para pontos extremistas. São autoritários sem
dúvida. O andar dos fatos alude a um domínio cada vez maior dos grupos
autoritários infelizmente, disfarçados de partidos de defesa do povo, e dos
pobres. São eles facções e não partidos. São quadrilhas e não grupos sociais. E
o seu interesse aberto é o domínio do poder, e dos menos providos sem dúvida.
Se já não tem o domínio de toda a mídia, e todos os setores acadêmicos.
Num país
liberal, a opinião de se expressar, desde que não seja crime, é aberta. O mal deve ser censurado, e não o bem. O
que quer dizer não pode ser censurado quem bem e a bem quer se expressar. Não
ser amordaçado pelo que você pensa é caráter essencial. Quando apresentar
a verdade que seja digno de respeito. Um país de ditadura não há liberdade. Não
temos opiniões livres nos países autoritários de hoje. Alguns até disfarçados
de democracia, dizem que seus representantes ditadores foram eleitos pelo voto
popular, todavia, com chapa única, com direito a apenas uma possibilidade. Isso
não é democracia. Eles são contra o liberalismo, automaticamente são contra a
liberdade humana. Por tal o domínio total do Estado sobre o povo para se manter
o poder.
O
sectarismo, o inversionismo, especialmente político não aceita opinião
diferente daquelas que fanaticamente se aprende. O individuo perde a
capacidade mínima de distinção, de saber o que é um conceito de outro, e a reta
observação das coisas. Fica doente, virando um verdadeiro asno, porque o
cérebro não raciocina mais. São grupos sectários e violentos. São extremistas.
Eles têm deuses. Este círculo pratica uma ditadura de opinião. É pior que o
Estado terrorista em certo sentido, senão igual.
Na
academia está a mesma coisa, nenhuma revista permite com que você divulgue
opiniões que favoreçam uma dialética. Uma palavra tão mau usada por
setores universitários, políticos, e até da mídia em geral. Dialética, o que
ela significa mesmo? É repetir a mesma coisa toda hora. Não é rever as hipóteses,
opiniões, e teses? Se apresentamos uma
tese que não pode ser revista, discutida, e melhorada, não é dialética, e nem
científica a posição, ela é ABSOLUTISTA. No campo da religião Deus é perfeito.
Agora no campo da ciência, pode haver ideias TOTALITÁRIAS? Que não permitem a
sua antítese, discussão, e contrariedade? É óbvio que não.
Liberdade
de expressão é ser livre. Significa poder dizer sim e não quando se
quer. Ampliando o leque político a todo e qualquer cidadão.
Ninguém
pode mandar no que você pensa ou faz. Ninguém tem o direito de taxar você
só porque não concorda com ele. Assumir opiniões as quais possam ter
discordância, mas devam ser respeitadas. Isso é livre expressão.
Não ser
estigmatizado por "formadores de opinião" que não sabem nada da vida,
e muito menos das ideias que você coloca, podendo defender ideias acadêmicas em
qualquer revista.
Que o
espaço seja aberto para todas as doutrinas. Que não se defenda apenas um lado
na política, mas respeite as ideias independentemente do partido. Que não se
divulgue o errado só porque defende a bandeira dele. E não perder a razão
das coisas para adorar deuses falsos.
Os
partidos todos tem um grau de falibilidade maior que o senso comum. Para
que então querer defender a democracia só pelo seu lado e não pelo dos
outros? Poder ser livre para falar em televisão, rádio, e jornal. Que você não pague o seu espaço valores milionários como acontece
em grandes emissoras. Oportunidade igual de tempo e de
fala. Para todas as opiniões e opinistas. Que as revistas acadêmicas
avaliem as teses que defendem e que não se achem donas da verdade. Este é o x
da questão.
A
liberdade de opinião seria ser livre para emitir ou até omitir sua opinião mesmo
na dialética que poderia avaliar se é ruim ou não.
É fácil
destacar uma ditadura de opinião, e uma censura da liberdade; veja, que sempre
o ditador da opinião inverte o lado, e troca conceitos para convenientemente
ter a falsa verdade. Ele grita na sua loucura porque não tem razão. A verdade nunca está do lado dele, pois, considera a
sua ideia portadora de todos os benefícios que nem a divindade tem. É um grau
de paranoia, que chamamos de “loucuras raciocinantes”.
Sempre este tipo de gente coloca uma opinião ele ouve, mas, gira, gira e volta na
dele. Não prova suas teses. Sempre ataca o outro lado mas o dele só
tem santo. É a democracia de uma perna só. A democracia do saci-pererê. Quando
o lado dele quebra o patrimônio público está certo e ninguém pode falar, mas
quando a política prende gente dele é ataque aos “direitos”. Isso é natureza
AUTORITÁRIA sem dúvida, processada com histeria psicótica.
E o
problema que tem gente que não percebe isso, é o mal da ideologia encarnada, o
sujeito fica ignorante mesmo, tolo, fica absolutamente louco. Parece terrorista
e até criminoso. E inverte toda a hora, pela desculpa do seu demascaramento, sendo
a vítima, e chamando os outros do que ele é. Logo, nunca os arrogantes chamaram
os outros de arrogantes, e os anti-democráticos chamaram os outros disso, e os
perversos igualmente. A tática é xingar aos demais do que eles fazem e são.
No fim das
contas se abafa a verdade para se defender apenas um lado. Aí é ditadura.
Quando se
interfere no que o outro diz, no que o outro faz, no que o outro escreve, isso
é um tipo de censura, de ditadura isso que não é liberdade de opinião. Quando
se agride o outro, colocando-o como otário, para assim exaltar o verdadeiro
erro, é uma censura, e você que faz isso, infelizmente é esta no campo da
imbecibilidade.
Discutir
coisas erradas, é o princípio certo, falar o bem também. Todavia, falar do
outro só porque ele se expressa é o princípio errado, próprio de quem quer
dominar acima de tudo, toda e qualquer informação alheia, que não seja igual a
dele, em suma, é um cerceamento de opinião, um comunismo de ideias, uma
ditadura das prerrogativas humanas, e uma destruição da liberdade e do sentido
liberal e político aberto a todos os cidadãos de uma democracia constituída e
constitucional.
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