AS RELAÇÕES LÓGICAS EXÓGENAS E O FENÔMENO PATRIMONIAL – O CASO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS
A sociedade demorou
anos para manter o sistema de administração da riqueza que conhecemos. A
doutrina aziendalista começa no empirismo, e a cultura em torno desse fenômeno
se forma a partir de 1926 na Itália com Gino Zappa. O princípio aziendal diz
que toda a sociedade para existir materialmente teve ter células em constantes
interligações, e logo estas formam a economia geral, por isso o nome de economia
aziendal.
O neopatrimonialismo
também se embasou no conceito aziendal, visto que uma das bases além de Zappa
foi Besta que comentava abrindo sua obra: “o mundo das coisas é observado no
ângulo das aziendas”. Ou seja, a família é uma azienda, a empresa o é, e o
Estado também. Todas estão em interligação.
Para o
neopatrimonialismo o fenômeno patrimonial acontece no entorno aziendal, e logo,
dentro e fora dos continentes da célula social, aqui temos o interno e o
externo.
O ambiente externo
não pode ser controlado totalmente pela administração, ela só o pode fazer nos
limites da técnica e da patrimonialização. Há casos de influência externa que
são impossíveis de serem resolvidos inteiramente ou mesmo minimamente pela
gestão aziendal ou patrimonial.
A razão que
compreende os meios ambientes externos são chamadas de exógenas. Tudo o que vem
“de fora” da azienda é pois externo, e provindo da economia, do meio ambiente
ou da sociedade.
O caso interessante
de dano patrimonial e econômico, provindo da relação exógena, foi a greve dos
caminhoneiros.
A logística do
suprimento econômico vem do meio rodoviário. Se ele parar acontecem fenômenos
patrimoniais que são incontroláveis. Para nós contadores não interessaria o
estudo do ambiente em si, mas ele como causa agente dos acontecimentos que
interferem no patrimônio.
As consequências não
são apenas patrimoniais, mas econômicas e sociais.
Como pode
dedutivamente uma ação geral vir a gerar um transtorno tão grande? Isso é
explicado pela linha aziendalista que se encaixa na relação exógena do
patrimônio.
Primeiro, temos a
greve dos caminhoneiros, que levarão remédios, combustíveis, água, alimento,
tecnologia, e tudo o que a sociedade precisa.
Nisto falta
alimento, remédio, recursos, tecnologia, devido a greve.
Os preços então
começam a aumentar porque as unidades, e a demanda do mercado cresce
desproporcionalmente à quantidade dos produtos no mercado.
Crescendo os preços
temos muito mais inflação. E com isso, uma alteração grave dos recursos.
Os supermercados, e
suprimentos de logísticas passam a ter capital parado.
A perda é por hora e
por dia, logo, o prejuízo da nação, por conta do afetamento das aziendas é
inestimável, entrando até no caso de Lucros cessantes.
Segundo informações
atuais, a parada dos caminhoneiros gerou um prejuízo de mais de 15 bilhões no
mercado, fora as consequências nas bolsas.
Os danos sociais são
maiores, porque as consequências podem gerar até Estados de sitio, guerras
internas e aumentos de violência.
Demos um exemplo, se
caso a polícia não tiver combustível para se locomover, consequentemente os
marginais vão agir mais, numa cidade de distritos e com distâncias grandes será
impossível fazer policiamento, aumenta-se o número de crimes.
Consequentemente, se
tivermos menos suprimento de remédios teremos logo, hospitais sem os mesmos
elementos, o que prejudicará os doentes, os que farão cirurgias, e as
emergências. Muita gente pode vir a morrer por isso.
As escolas e
faculdades param, porque não há uma logística de transporte adequada, e logo,
não haverá a manutenção do sistema social pelo sistema econômico.
Podemos dizer que
tudo é economia, a riqueza faz parte da vida do homem, tudo é azienda, tudo é
célula social, no mundo material tudo é patrimônio, gerar consequências nestes
fenômenos é prejudicar a vida humana.
Só que a condição
que estamos da greve vem de “fora para dentro”. Se na visão aziendalista todas
as células são interligadas na produção econômica da sociedade, e o social só
se faz com empresas, obviamente uma decisão da azienda maior que é a pública
pode afetar todas as empresas e famílias. Logo, a causa é dedutiva e não
indutiva, gerando fenômenos patrimoniais irreversíveis.
O Brasil se
endividou, tendo prejuízo a cada dia que aconteceu a greve. A improdutividade
do sistema parado da economia gera transtornos sociais diretos e evidentes.
Destruir a economia, fechar a economia, e transformá-la num círculo torto é
prejudicar os seres que dela precisam.
A causa disso sem
dúvida é o MONOPÓLIO ESTATAL, no Brasil temos muito Estado e poucas empresas,
então, temos MUITO ESTADO e pouca liberdade de mercado, MUITA TRIBUTAÇÃO e
pouco desenvolvimento. A política pública é feita para dar prejuízo. Os hospitais
fechados, as escolas caindo culturalmente tudo pela política do caos e da
desordem. Estamos gerando até em níveis de barbárie em regiões que faltam
recursos econômicos.
Logo, é uma causa
dedutiva porque não há concorrência de preços da gasolina, e do combustível em
geral, com isso teremos mais problemas nas aziendas, problemas sociais como
dissemos, em cada empresas retração das vendas, sendo um caso claro que a
relação exógena pode ser mais importante na prosperidade do capital, que muitas
vezes a gestão interna.
Todo monopólio gera
preços inflacionados, e o nosso governo incompetente está sendo campeão de
fazer isso desde a criação da empresa de Petróleo, quebram o Estado, aumentam
os tributos, surrupiam a propriedade privada, e depois se apresentam como
salvadores da pátria da nação. Não seria melhor termos mais empresas, e mais
concorrência para redução dos preços, do que termos estatismo, e administração
marxista com progressão taxativa dos preços? É o pior modelo econômico do
mundo, que existe no Brasil e em toda América Latina.
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