A MORTE DE STEPHEN HAWKING



Há algumas semanas atrás meus irmãos me deram hoje uma triste notícia da morte do maior gênio da física teórica pura, o professor Stephen Hawking.
Passei a conhecê-lo na época da faculdade, quando li sua pequena obra: “O fim da física” e esta me inspirou muito para escrever um artigo na época de estudante, muito esquecido mas que me orgulho muito: “O fim da contabilidade”. Com o mesmo método eu conseguia descobrir o que aconteceria com a contabilidade, tal qual está ocorrendo hoje, a destruição lenta e vagarosa da doutrina para as normas políticas e institucionais criando uma mecanização do ensino e uma destruição da lógica conceitual consagrada, a favor da volatilidade do mercado. 
Interessante que o professor Hawking tinha sempre o interesse de tentar descobrir a Deus nas coisas. Ele pensava que em suas descobertas apareceria Deus. Só que Deus não é uma coisa, e nem está dentro da energia das coisas, ele está em toda a parte. Deus é uma pessoa. E se estivesse contido nas coisas não seria mais Deus. 
Nenhum cientista escreveu sobre o tempo como ele. A sua tentativa era criar uma teoria geral da física, que juntasse a teoria quântica de Planck, com a teoria da relatividade de Einstein.   
Sua obra “Breve história do Tempo” e “O mundo dentro de uma casca de noz” (há versões de títulos diferentes) me eram prediletos. O primeiro traz algumas argumentações que são interessantes para entender o que é o tempo, ele traduz definições muito criativas, todavia, não estipula adequadamente uma forma conceitual de tempo, mas a sua causa no big-bang.
Ele conta em todas suas obras como fez sua tese sem laboratório. A teoria dos buracos negros embora comentada por diversos intelectuais, foi formulada cientificamente por ele, por cálculo, sem o uso de laboratório, provando que muitas teorias de grande importância podem ser produzida sem o tradicionalismo que conhecemos hoje. 
Mas recentemente li  a sua autobiografia a mesma da foto.

Ele me fez reconhecer que mesmo uma pessoa sem corpo mas que luta com suas forças para chegar em alguns pontos importantes, e para vencer na vida, o consegue com esforço e dedicação.
Ele escrevia poucas palavras por minuto, teve a ajuda de gênios da tecnologia, e quase morreu durante a sua doença por mais de quatro vezes.
Uma vez com sua primeira esposa voltando de um congresso, ele tinha um grande problema na traqueia, um médico inglês disse que poderia ajuda-lo, operando-o, depois cerca de alguns dias, o doutor lhe tinha dito que se esperasse mais quinze dias estaria morto.
Sua última assinatura foi escrita no início da década de 80 no mesmo livro onde assinaram os grandes gênios de Cambridge.
Estudou como bolsista e teve grandes dificuldades financeiras. Mesmo assim casou cedo e teve cerca de três filhos. Sua doença se agravava à medida que ficava mais velho. Não lhe deram três anos de vida, ele viveu muito mais. Viveu 76 anos, até mais que meu papai que está no céu. É Deus que determina quando vamos, chegou a hora, acabou!  
Viajou para diversos lugares memoráveis, e se divertiu dentro do possível.
O professor Hawking havia provado que mesmo uma pessoa parada no seu corpo, ou em um lugar sem grandes perspectivas pode ter grandes saltos de sucesso e qualidade.
No campo do estudo de Deus comete segundo o nosso entendimento algumas falhas, porque falava que o Universo era a divindade, e as coisas relativas que morrem e passam, inclusive pela própria entropia descomprovam esta idéia, mesmo assim, ele tinha suas razões...
Com seus esforços  procurava ajuntar as teorias de  Einstein com as de  Planck, um tipo de relatividade-quântica a partir da sua teoria do buraco negro, que explicava que o funcionamento do mesmo campo era diferente do da velocidade da luz!
Mas por sua vida, por sua luta, e por suas teorias um aplauso alto ao gênio sem corpo!
Tenho a felicidade de guardar uma pequena correspondência que mandei a Cambridge respondida por um de seus auxiliares, era o ano de 2007.

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