O ARGUMENTO DO MAIOR E MENOR PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS
No mundo natural temos coisas conforme a dimensão.
Algumas
mais extensas, outras menos, algumas maiores, outras menores, sempre em relação a
algum padrão; elas serão menos ou mais, no entanto, o que poderia abranger o
tudo, se não fosse alguém incapaz de cria-lo? Ou se esse alguém, essa pessoa, não fosse maior que tudo que se pode expressar matematicamente, sendo ela o próprio tudo? Essa é a maior das
questões.
Aqui
vemos mais um argumento importante, tomista, e aristotélico da existência de
Deus.
Na
dimensão física, antes de Einstein, se ponderava a noção de espaço e
tempo absolutos, de modo que eles fossem estendidos e caracterizados em no mínimo
três dimensões: largura, altura, e
profundidade.
A
espessura dos objetos era uma medida que socorria aos níveis de maior e menor.
Logo,
em relação ao espaço, temos maior se o corpo tiver grandes dimensões, ou é mais
largo, ou é mais comprido, ou é mais profundo.
Mas
as relações são finitas, porque jamais algo será maior em relação a si mesmo,
mas a outro objeto.
Assim
uma garagem sempre será menor que uma casa, enquanto uma casa será menor que
uma mansão, mas esta caberia num palácio, e este num castelo, e este numa
extensão de terra, e assim por diante.
O
maior sempre tenderá ao infinito, estendendo o seu campo dimensional.
No
entanto, ficaria ele também “intendido”, ou seja, seria maior em relação a si
mesmo, quando relacionamos as características de sua divisão.
Logo,
se tivermos uma garagem qual é o seu diâmetro, e qual é o seu espaço? Ela será,
pois, muito grande, e muito maior, sempre tenderá a ter dimensão interna
relativamente grande, e com isso teremos, pois, um intenso dimensionar do
espaço.
Por
fim, quando relacionamos o maior, para dentro ou para fora, sempre ele será
relativo, se fossemos estender a visão para o universo, ele estaria em graus
mais mensuráveis, assim, a terra é menor que Júpiter, que não é maior que o
sol, que cabe no sistema solar da Via-Láctea, todavia, há sistemas maiores.
Há
muitas constelações, muitos sistemas; há estrelas cuja luz não foi colocada
ainda em nossa visão, porque não chegou à terra, imagine em todos estes
milênios, há distâncias muito maiores.
O
Universo cabe no vácuo que é considerado um vazio, mas de vazio não tem nada,
pois, é um tipo de matéria negra, ou seja, há força e energia na escuridão, há
frio, há ondas, não existe um nada absoluto, mas um nada relativo, sempre
existirá alguma coisa na visão relativa do nada.
No
entanto, mesmo assim, quando vamos relacionar que o universo está dentro de uma
dimensão que para fora fica cada vez maior, podemos dizer claramente que a
causa de tudo, deve ser superior à distância.
Se esta causa fez o infinito, deverá ser maior que ele, então, deverá ser eterna, isto é, mais que passado, presente, e futuro, e muito mais que o infinito, não tendo espaço e nem tempo.
Se esta causa fez o infinito, deverá ser maior que ele, então, deverá ser eterna, isto é, mais que passado, presente, e futuro, e muito mais que o infinito, não tendo espaço e nem tempo.
Isto
é, para que seja superior à distância, é como se algo que criasse o mesmo
ESTIVESSE EM TODA A PARTE.
Logo,
o conceito de um ser que cria todas as coisas maiores que a distância infinita
do universo deverá ser infinitamente superior à distância, então, seria
superior ao infinito, só podendo entrar no campo do eterno.
Para
dentro ou para a partícula, temos os átomos, os componentes do átomo, os quarks,
e outras partículas mais.
O
menor sempre haverá ou existirá, até chegar em dimensões muito pequenas, e muito
menores, todavia, em espaçamento, ou dimensionamento, o ser que criou estas
partes seria menor que todas elas em sucessão, chegando pois, ao primeiro
elemento, impossível de ser entendido, se ele por si não tiver espaço, ou seja,
a sua dimensão é o TUDO PARA DENTRO, INFINITO, E SEMPRE.
Em outras palavras, seria MAIOR PARA DENTRO também.
Ou seja, para dentro, ou para a parte, haverá sempre um menor, até chegarmos num absoluto menor, que é superior a tudo.
Ou seja, para dentro, ou para a parte, haverá sempre um menor, até chegarmos num absoluto menor, que é superior a tudo.
Neste
absoluto menor seria impossível nos achegarmos na menor partícula dele, pois,
será sempre menor, LOGO É IMPOSSÍVEL MEDIR A UNIDADE DELE.
Neste
sentido, mais para baixo, e mais, e muito mais, mesmo no primeiro, ele se
estenderá ao infinito do menor, e neste grau ele chegará a partes menores.
Ora,
para se ter um infinito menor, deve-se possuir um eterno que é superior a ele.
Se
há algo superior ao infinito ou maior que ele, tem que ser eterno, então
entramos no conceito de Deus, não há nada em distância menor que ele, nem no sentido
de partícula, se é que podemos tecer estas metáforas humanas.
Para
a parte de Deus não haverá medidas, ela sempre descerá ao primeiro, e o
primeiro é eterno, ligado a todo o sempre, então todas as coisas em sua parte
inicial tem substância nele, que é a verdadeira substância, ou o verdadeiro ente que nunca morre e vive por si mesmo.
Numa
sucessão ao infinito, de tudo ser menor que os quarks, e na produção desse tudo, está aquilo que não tem espaço, que está no eterno, sem duração, e sem distância,
portanto, pleno, ou seja, DEUS.
É
um raciocínio em parte simples, todavia, requer muitos aprofundamentos de
interpretação.
O
ser que criou todas as dimensões de espaço, então, seria superior à distância,
não tem distância porque é maior que o próprio conceito, ou seja, não tem
espaço, está em toda parte.
O
conceito de Deus se encaixa neste definição: ser que ESTÁ EM TODA A PARTE E EM
TODOS OS LUGARES.
Portanto,
para caber tudo, o ser que o criou tem que ser maior que isso em extensão,
portanto, estar em todos os ambientes e todos os lugares ao mesmo tempo.
Mas
o raciocínio não pode parar por aqui.
Se
fossemos ainda relacionar maior ou menor, maior ou menor, teríamos pois, diversos
elementos a serem comparados.
Então,
o sol seria menor que outra estrela, esta às vezes menor que um planeta, este
menor que até um satélite, mas sempre haverá uma relação.
Não
há um maior se este não for relacionado a outro.
Portanto,
temos uma consideração importante: que o maior absoluto não pode possuir de modo
algum relação com nada, ele é absoluto, então, desligado, valeria para si
mesmo.
O
maior absoluto tem uma capacidade extrema de dimensão, de extensão, de
estendimento, logo, não há forma de mensurar a sua distância.
Ou
seja, o maior absoluto que é maior que todas as coisas, ou tudo o que existe,
tem que um ser que não possui limites para a sua dimensão, ele SEMPRE SERÁ O
MAIOR, e SEMPRE ESTARÁ EM TODA A PARTE, em todos os tempos, redundantemente.
Obstante,
por mais que se imagine que não, o maior absoluto sempre será impossível de ser
comparável com alguma coisa que seja grande, pois, ele está em TODOS OS
LUGARES, não há fita métrica de sua definição.
Estas são as conceituações e os raciocínios, do que seria o maior e menor, e a tranquilidade de se encontrar a existência de Deus, em interpretação filosófica.
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