A FRAUDE DE PASADENA


Uma das fraudes do Brasil mais denunciadas, e uma das piores, que desfalcou quase 3 bilhões dos cofres da Petrobrás, e somente depois de anos do ocorrido, veio à tona, foi o caso da refinaria de Pasadena no Texas.
O fato ocorreu nos limítrofes do ano de 2006. 
As denúncias comprovaram o SUPERFATURAMENTO. 
Aliás nem era preciso a denúncia para perceber que havia a fraude, pois, ela estava super visível.
A Petrobrás pagou na época por 50% das ações, cerca de 360 milhões de dólares, divididos em 190 milhões de dólares pelos papéis, e 170 milhões de dólares pelo petróleo que lá estava.
Porém, o valor pago pela Belga Astra Oil, foi de apenas 42,5 milhões de dólares.
Foi uma fraude de superfaturamento de quase 17 VEZES O VALOR DE MERCADO DA EMPRESA.
Quem era diretora do conselho de administração era a ex-presidente do Brasil, na época ministra da casa civil. Também os demais integrantes são corresponsáveis. Pela lei todos tem responsabilidade sobre a aprovação da compra, ainda pela teoria do direito, de perdas e danos, seria um dano in vigilandum e in faciendus.  Mas claro que a auditoria, os conselhos fiscais, também tem culpa no conjunto dos incidentes. Embora todos comessem uma grande “pizza” derivada disso (ou seja não deu em nada), sendo uma minoria a culpada, em especial, quem não poderia errar como a presidente do conselho de administração, que alegou que não sabia(?).
Não ficou só por aí, no ano de 2008, a Petrobras se desentende com a empresa Belga Astra Oil, tendo que comprar a refinaria por 1,18 bilhões de dólares, que seria quase duas vezes o valor superfaturado comprado pela empresa brasileira, e quase 28 VEZES O VALOR DE MERCADO DELA INICIALMENTE.
Só aí temos praticamente quase 1,6 bilhões.
A suspeita de evasão de divisas foi em 2013, e as investigações começaram a ser feitas pelo Tribunal de Contas da União.
Isso aconteceu devido ao pedido de um deputado, Maurício Quintella que solicitou que se apurasse o valor da refinaria, e o valor contábil com o de mercado.
Em 2017 foi anunciada pela empresa nacional, a venda de 21 bilhões de ativos, entre eles o da refinaria de Pasadena.
O alvo de investigações por conta da polícia federal, ministério público, e tribunal de contas, parece continuar, o processo está em andamento, visto que a Refinaria no momento de sua aquisição, já tinha dado um prejuízo de 1 bilhão à empresa estatal.
Portanto, com 1,6 bilhões de operações negativas, e mais 1 bilhão de prejuízo tivemos um prejuízo de quase 3 bilhões de dólares, no entanto, sua opção para ser vendida veio tarde demais em 2017; sobre as informações de negociação não temos ainda.
Os danos causados apenas por esta operação, sem dúvida, contou com custos ocultos que perseveram até os dias de hoje: infelizmente, até 2012 o balanço da empresa informava prejuízos. 
Será que haverá punição aos culpados? 

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