QUE SAUDADE DO AMIGO DR. JOAQUIM DA CUNHA GUIMARÃES


Prof. Rodrigo Antônio Chaves da Silva ganhador do prêmio internacional de história da contabilidade
Era o ano de 2005, eu já era membro da escola Neopatrimonialista, quando tive o prazer de conhecer ao menos virtualmente, inicialmente falando, o prof. Joaquim Cunha Guimarães, que depois tive o prazer de lhe dar um abraço e apertar a sua mão três anos depois.
Este português foi um dos maiores difusores da teoria e história da contabilidade da Europa e de Portugal. Em meu ponto-de-vista tinha que ser estudado em todos os cursos de mestrado e doutorado como grande autor luso. Mas as políticas de curso infelizmente atrasadas não pensam na universalidade mas apenas em cumprir pontos.
Nos e-mails da corrente seu nome vinha sempre gravado. Elogiado e exaltado pelo grande mestre Sá. Era admirável a sua postura na corrente.
Foi aluno pessoal do mestre Sá, na então Universidade de Minho, quando se aderiu à corrente. E foi um dos melhores alunos. O mestre Sá tinha me dito que em tudo perguntava ao mestre, como se fosse um filho, e este respondia como pai virtual desse grande autor português.
Desde então começou a escrever de modo muito prolífico, divulgando e muito bem o conhecimento da doutrina contábil.
Fez um trabalho sensacional nas então jornadas de história da contabilidade, sobre o conhecimento de teoria comprovando que infelizmente no solo português era muito parco o seu estudo, misturado apenas com a história da contabilidade.
O mestre Joaquim sempre vinha ao Brasil convidado para participar do Pro-latino. E outros congressos ele sempre estava presente. Participando muito bem.
Fez um site que hoje está aberto ao público com grande realce em doutrina, história, e teoria contábil, sendo o primeiro deste naipe no país português. Um dos melhores do mundo em matéria de divulgação doutrinária e científica.
Seus livros eram campeões de vendas.
Seu trabalho ficou pois mais que conhecido como auditor reconhecido, e ainda, um grande Neopatrimonialista, integrou o conselho fiscal da ordem dos contadores por muitos anos.
O apoio ao seu trabalho era integral. Seu escritório muito cheio, e sua ordem de trabalhos acadêmicos sempre incessantes.
Lançou cerca de uma dezena de livros.
Era membro de conselhos editoriais portugueses e estrangeiros.
Quando comecei a publicar em 2005, o ilustre professor então, respondera um e-mail meu, e desde então ficamos amigos.
Mandei-lhe então alguns artigos meus, imediatamente ele interessou em publicá-los.
Abriu imediatamente as portas do seu site para que então divulgasse meus trabalhos.
Não deixou jamais de responder um e-mail, tinha uma velocidade de trabalho muito invejável.
Trocamos muitas correspondências, uma delas ele publicara pelo grupo vida econômica um artigo meu sobre preços, fora os artigos disponíveis em seu site.
Fiquei sabendo que então ele estava com aquela maldita doença. Disse-lhe para ficar um tempo no Brasil poderia operar aqui e ainda tratar muito bem a doença. Ele disse que estava fazendo a quimioterapia e não precisava da cirurgia, eu me preocupei.
Quando ganhei a menção honrosa no prêmio internacional de história da contabilidade em 2007, com muita emoção lhe havia contatado. Ele tinha me pedido para ficar em sua casa em Braga, e não pude aceitar porque não dava para ir para lá, tinha que ficar em Lisboa.



Fonte: http://forumtoques.blogspot.com/2010/02/um-glossario-eleitoral.html
O amigo me recebeu na Avenida Du Bocage junto com o Dr. Azevedo quando lá estive a primeira vez, e ao me receber na ordem, o Dr. Azevedo me dando um abraço muito grande, Joaquim me disse: “se vais a Braga terá a estadia ficará na minha casa”. Ali fiquei com mais orgulho de ser Neopatrimonialista e ser um cientista da contabilidade, de uma corrente que congrega as pessoas para a prosperidade e para o bem.
Ao visitar a ordem dos contadores lá e depois me despedir dos amigos, continuei trocando ideias com Joaquim.
Quando em 2009 lancei o primeiro livro, ele recebendo uma obra, trocamos ideias sobre uma crítica forte que eu fizera a um autor português, no campo das ideias.
Continuamos nos correspondendo.
Ele então passa para outro tratamento, eu mais preocupado fiquei porque o amigo tinha toda uma visão científica promissora na Europa, sendo pois um dos maiores nomes daquela região.

Ele era professor de doutores. Tinha grande nível.
Ele havia inspirado grandes autores atuais como Miguel Gonçalves, sem contar a sua entrada para o campo da doutrina e grandes nomes era insofismável. Seu trabalho incansável lhe fez um dos grandes nomes portugueses.
O mestre Sá morre em 2010 em junho, depois em julho Rogério Fernandes Ferreira falece, dois anos depois ele parte para o céu, no dia primeiro de maio, para o Deus que tanto nós acreditamos.
Sem dúvida Joaquim deixou saudade para todos nós especialmente para mim que muito aprendi com ele, e deixo agora uma homenagem para o meu irmão português.
Paz e Bem!











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