ALUNO TURISTA E INDIGNAÇÃO




Passa em todos os telejornais, e é um retrato da vida real. 
Depois de mais um semestre de trabalho, o professor todos os dias vai à aula, com raras exceções falta, cumpre o seu dever, leciona a sua matéria, e os demais alunos ávidos de ter novos conhecimentos não deixam de faltar. 
A maioria vai à aula. 
Mas tem um deles que não vai à aula e tem até um razoável potencial de notas. No final do semestre é reprovado por faltas, chega ao professor e diz:

______Professor o senhor me reprovou por faltas!
______Sim, reprovei.
______Mas, por quê o senhor lançou estas faltas?
______Porque você faltou, oras bolas...

É o mais óbvio, mas tem aluno que não aceita isso. 
E esse retrato vai se repetindo em todas as escolas brasileiras. O aluno não vai à aula, e quer ser aprovado por presença, fazendo injustiças com os seus colegas que vão as aulas. E o pior é que se sentem no direito de serem aprovados!
A reprovação é justa, e não é adequado voltar atrás, o problema é quando tais indivíduos que não representam em nada uma classe de estudantes, nem de futuros profissionais, se entendem no dever de reclamar a sua não presença, e ainda chegam a fazer barracos, como se a fraude e o “jeito”, os “atalhos” fossem os adequados.
Se fosse ainda uma ou duas presenças, poder-se-ia passar, mas quase um semestre inteiro? Onde que vai chegar a educação se o próprio aluno não entende que não faz sentido ele ter presenças, ou ter diplomas, ou ter um pedaço de papel se ele NÃO SABE ABSOLUTAMENTE NADA.
O brasileiro tem esse mal, acha que um pedaço de papel que tem alguns escritos, se diferencia se qualquer papel que se usa na vida, quando na verdade, ele NÃO REPRESENTA NADA, quando as letras que lá estão transcritas não favorecem a COMPETÊNCIA DO QUE OBTÉM TAL PEÇA.
E como no Brasil tem explicação pra tudo, eu sou mantenho a indignação que este tipo de comportamento exista, e ainda é o mais frequente de todos, numa minoria, que, como disse, vai entristecer-nos ainda mais e nos representará muito bem nos testes internacionais, revelando serem verdadeiros analfabetos funcionais, com o diploma na mão.
Gente sem disciplina não chega a lugar nenhum e o Brasil está nesta bagunça por causa disso, a tentativa de destruição da família, e a falta de respeito na sala de aula.
Se nós professores nos ajuntarmos ao menos conscientemente e moralmente para evitar este tipo de transgressão, não conseguiremos melhorar a sociedade em absolutamente nada. 
E a coisa só tá piorando...
Paz e Bem!

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