O PREFÁCIO DA PRIMEIRA OBRA DE LOPES DE SÁ


Vendo o orgulho de um professor prefaciar a obra de seu aluno, me vêm a mente diversas coisas, que infelizmente não existem nos dias atuais.
O professor José Almeida fizera um prefácio muito abrangente, tecendo encômios ao seu nobre aluno na época com 21 anos.
Ele disse: “dar-nos a honra de apresentar o seu livro de estreia, a todas a luzes”. 

Já na época o prof. Lopes de Sá era bem conhecido na imprensa, pois, atuava como jornalista comercial, e neste trabalho, seu primeiro livro, ele reúne valorosos artigos e monografias sobre o tema da teoria  aziendal.
Muito lindamente dizia Almeida: 

“Quando no curso de contador, lecionávamos a um aluno tão brilhante, adivinhamos estar orientando uma das mais notáveis e acentuadas vocações para as pesquisas contábeis.
Os seus artigos e o trabalho que ora publica confirma a nossa previsão – aquele discípulo de quem tanto nos orgulhávamos, pode ser hoje apontado entre os maiores contabilistas patrícios”

Vemos o orgulho de um mestre com o seu aluno, sem INVEJA, SEM PERSEGUIÇÕES, E SEM ORGULHOS IDIOTAS, E COMPETIÇÕES PUERIS.
O professor Almeida ainda disserta sobre a posição da epistemologia contábil, divulgada pelo grande Herrmann Júnior, mas atribuída por este a Horácio Berlinck, todavia, alude ao autor, seu aluno, o caráter primogênito em Minas dos estudos científicos.
Já comentava grandemente no mesmo prefácio:

“Voltando-se de sua invejável cultura, adquirida através de acurado e diuturno, estudo, consegue o Prof. Lopes, nestas páginas, expor com segurança e clareza, o verdadeiro conceito de azienda, pedra angular da moderna ciência contábil”

Aqui claramente já era reconhecida a sua invulgar cultura, e o seu respeito aos mestres, diferentes daqueles alunos e pesquisadores, que leem meia dúzia de livros e já se consideram os autores da opinião, repleta de posições autoritárias e pendantes, fora os profissionais que não se destacando em lugar nenhum, mas porque sabem dez ou doze conceitos, e se consideram os penetradores do décimo céu, se autodenominam portadores do saber, muito próprio dos sofistas antigos, que só pensavam em aparecer e ganhar dinheiro com a sua falsa cultura.
Ademais, o seu reconhecimento aos ensinamentos de MASI, o maior autor das letras contábeis, e da teoria do nosso conhecimento, lhe fizera destacar num campo muito superior.
O mestre Almeida recomendava:

“Profissionais e amadores encontrarão neste livro um verdadeiro manancial de conhecimentos, vazado em linguagem clara e com o máximo rigor científico”

Logo, já enobrecia seu aluno, que provava francamente que estava à frente do seu tempo, pelo verdadeiro conhecimento, e não por meras informações isoladas de uma ou outra coisa.

O professor Lopes de Sá, durante o seu curso, já tinha em mãos as principais obras do mundo, já correspondia com os maiores autores do mundo, e já tinha lido milhares de páginas que eram divulgadas em ensinamento nos seus artigos em inúmeros jornais.
Ele começou estudando, e depois escrevendo, até se tornar profissional e professor.
Não era professor só de cadeira, e muito menos um mero prático, ele ajuntava a pesquisa, a  prática, e a docência numa só coisa, completando em sua vida mais de 60 anos de profissão, e de ensino ininterruptos.
Um professor completo, já profetizado nas palavras do nobre Almeida, um seu incentivador:

“Estamos certo do merecido êxito que alcançará o livro do Prof. A. Lopes de Sá, não só pela novidade do tema, como também pelos benefícios que irá prestar a todos quantos se interessam pelo progresso da Contabilidade. “

Esta profecia se cumpriu, sendo o nobre mestre vendedor de mais de 6 milhões de exemplares em toda a sua vida, e conhecido no mundo inteiro como a maior autoridade de ciências contábeis que temos menção em terras brasileiras, citado juntamente com Herrmann Júnior, e Francisco D`auria, como os maiores doutrinadores de nossas terras.
Um último aviso e uma última informação fala Almeida:

“Está de parabéns o Prof. Lopes e grandemente enriquecida a nossa bibliografia de assuntos contábeis”

Não apenas um parabéns, mas uma afirmação autêntica, da obra que logo se esgotara e que passava a ser a primeira obra do grande mestre.
Hoje então vendo as situações atuais de nosso país, onde alunos são agressores de professores, e estes às vezes tratam seus alunos como concorrentes tudo isso nos entristece.
Percebe-se claramente que um bom aluno, jamais pode ser restringido por seu professor, ele deve ajuda-lo pois a se desenvolver, claro que o talento tem que ser metodizado, o que vemos de ambos os lados é uma ARROGÂNCIA SEM TAMANHO.
Professores com invejas de seus alunos, aprontam perseguições ocultas, e tentam ofuscar alguns talentos, fazendo com que somente eles apareçam. Criam competições fulas, e emulações desnecessárias. Impedem que certos alunos cresçam, e não os reconhecem. Demonstrando notável INVEJA.
Do outro lado também vemos os extremos, alunos que mal sabem ler, se consideram os mestres das letras. Fazem perguntas já sabendo as respostas com a intenção de testar os docentes. Agridem os docentes verbalmente e psicologicamente. Não respeita a classe vagarosa da transmissão de conhecimento, mas querem já saberem a utilidade conceitual para estarem nos primeiros lugares em postos de trabalho. Outros se consideram doutrinadores com defeitos de fórmulas, e sem algum reconhecimento ao menos das revistas técnicas ou de meios técnicos do país.

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