MEDITAÇÕES E EXERCÍCIOS PARA A SEMANA SANTA
Rodrigo
Antonio Chaves da Silva, o maior dos pecadores, pede licença a Deus para que possa
ajudar os irmãos na caminhada de fé, nesta semana santa, como nas outras,
deixando alguns conselhos e sugestões para a vida em oração durante esta fase
que é a das mais preciosas para os cristãos católicos.
Que
Nosso Senhor Jesus Cristo possa abençoar e multiplicar estas orientações, para
a sua maior honra e glória nos céus. Amém!
*****
Nós
que trabalhamos estamos sempre sujeitos às dificuldades de tempo para fazermos ou
dedicarmos mais à oração na semana santa. Há aqueles que se aproveitam desta
vantagem, que é o nosso trabalho, jogando em nossa cara a falta de tempo e
dedicação para Nosso Senhor. Infelizmente poderíamos repulsar tal acusação com
o lamentável fato que muitas almas mais dedicadas, consagradas, e até com mais
tempo também dedicam pouco a esta semana. Mas nenhuma acusação justifica a
nossa omissão. Façamos pouco mais façamos algo. Um pouco já nos garante a
eternidade. Não esqueçamos que estamos na semana maior. A todo o tempo quanto
possível lembrar de nossos pecados e oferecer a Deus o sacrifício do dia.
Outras vezes lembrar de sua santa paixão. Ter uma prática de detestar os nossos
pecados. Mesmo os que pecam venialmente devem detestá-los porque tudo é ofensa
infinita a Deus. Quem somos nós para julgarmos o nosso irmão? Mas quem somos
nós para acobertarmos nossos erros e dizermos que estamos bem com Deus, sendo
que muitas vezes durante o dia, e durante o ano pecamos ou gravemente ou
levemente. Mas sempre erramos. Todavia, as breves leituras e meditações neste
tempo, de dois a cinco minutos poderão ser proveitosas para a alma.
Passamos
breves meditações para a santa semana. E alguns exercícios espirituais dentro
da concessão do Divino Espírito Santo amor de Deus.
1 - A ESPERA DA
MORTE
Para o domingo
ou para começar as meditações durante a semana
Nosso
Senhor Jesus Cristo é Deus, é a inteligência divina, o logos, nada foi feito
sem Ele, e tudo foi feito com Ele e para Ele como dizia São Paulo.
Mas
iria morrer, se entregar livremente pelos pecados, e para a salvação do homem.
Mesmo
sendo o criador durante a sua vida, nem os seus, os mais próximos do templo o
quiseram, uma minoria em sua época o aceitou.
Até
hoje isso acontece, são poucos os que realmente amam.
Muitos
dizem o amar mas somente pensam em si, guardam os bens temporais e atemporais
para si próprios, destruindo a fraternidade.
Ele
chora quando vê Lázaro morto, mas chora até hoje por aqueles que não querem se
converter e não desejam o seu amor.
Não
são os que gritam “Senhor” que serão salvos mas os que fazem a vontade de Deus.
Aqueles
que se entregam ao pecado mas não querem voltar-se a Deus, este sim rejeitam ao
Santíssimo.
Todos
somos pecadores, todavia, não podemos esquecer do elo. Se caímos temos que
levantar. Se caímos de novo sempre lembrarmos de Deus.
Aceitar
o nosso pecado, e a nossa fraqueza, é um passo para abandonarmos ao mal.
Feliz
de nós pecadores que podemos nos converter e alcançar graça maior! Sempre nos
humilhemos diante de Deus! Podemos confessar sempre! Reconhecer que na queda
temos o perdão de Deus e a graça para nos levantar! Lembremo-nos do filho
pródigo!
Todavia,
Nosso Senhor, sabia e chorava por aqueles que não querem se converter.
O
primeiro pensamento que devemos ter é detestar os nossos pecados, reconhecermos
como pecadores, e nos entregarmos inteiramente nas mãos do criador. Igualmente
solicitar a Deus a conversão dos pecadores. Nós sempre estamos em último lugar
na Igreja e primeiro no pecado. Esta triste realidade deve ser reconhecida, e
vencida com a nossa humilhação.
A
morte do verbo eterno, que vive para sempre, mas poderia ter vivido sempre em
seu corpo, não pode ser em vão.
O
novo Adão poderia viver para sempre, e não morreria porque não tinha pecado.
Somente
Deus mesmo para nos livrar da culpa!
Mesmo
Ele, sendo Deus, pensava na sua vida terrena, que seriam os últimos dias aqui,
embora viria a ressuscitar, iria ser entregue por inveja, e por ódio, os mesmos
sentimentos daqueles que não amam a Deus e não querem se salvar de maneira
alguma.
Vamos
pedir a Deus agora por estes que possam se converter. Vamos pedir por todos
nós.
Prática de
oração:
rezar uma oração espontânea por nossa conversão e do mundo inteiro. Se possível
rezar o terço da misericórdia às três horas da tarde nesta intenção.
Meditação: Lembrar de nosso
Senhor, apreensivo sabendo que iria se entregar e iria morrer. O que é um homem
que vai morrer e sabe que o vai? É um momento triste, embora ele fora alegre
para fazer a vontade de Deus. Não temeremos a morte se estivermos com ele.
Vejamos os casos de São Martinho e Santa Rosa de Lima. Que linda morte! Todos
os dias pensemos nos dias de nossa morte. O bom cristão é o que pensa na morte
todos os dias de sua vida. Aceitamo-la conforme a vontade de Deus. Lembremo-nos
dos grandes mártires: quando iam morrer pela fé se entregavam inteiramente ao
tormento do martírio como se fossem para um jardim de flores. Nós estamos muito
abaixo destes. Mas peçamos a Deus ao menos a nossa conversão, uma aceitação de
nossa morte. E lembremos de Jesus, o que ele pensava? Como agia? Qual seria o
pensamento de seu coração nos seus últimos dias? Pelo nosso pecado e pela nossa
salvação.
Se
possível rezar um pai-nosso e uma ave-maria.
2 - NA
SEGUNDA-FEIRA SANTA
Pode-se fazer no
início das meditações da semana santa, mas de preferência neste dia.
Estavam
todos reunidos, inclusive o ladrão, o traidor.
Uma
mulher com o dom do Espírito Santo, sabe que chegará a Páscoa e lembra as
palavras do mestre que iria se entregar.
Ela
o vê no meio dos demais.
E
se despede chorando.
Não
suporta em lágrimas vai até os seus pés com um perfume de preparação para a
morte.
É
um embalsamento de seu corpo.
Ali
ela se entrega inteiramente a Deus, chorando suas penas e pedindo perdão dos
seus pecados.
Nosso
Senhor a perdoa porque demonstrou muito amor.
Ela
fez uma caridade para com ele.
O
que nós fazemos de luta para Nosso Senhor? Como o defendemos? Como o amamos? Ao
menos um pensamento durante o dia agradecendo-o? Será que seremos ingratos
conforme o ladrão, que no fundo queria era o dinheiro do perfume para usar para
si mesmo, com a desculpa dos mais pobres?
Ajudar
os mais pobres, esta tem sido a frase dos maiores demagogos, e dos mais falsos
homens.
Eles
dizem ser a “favor dos pobres e desvalidos” mas na verdade são contra Deus, e
pregam a destruição dos homens. São libertinos no pecado e na ação do mal.
Nosso
Senhor repreende o ladrão, dizendo que a ele não teriam sempre, mas aos pobres
sim.
Por
quê não fazer caridade com Nosso Senhor e fazer depois a caridade com o
próximo?
Amar
a Deus e amar ao irmão. Mas o mandamento é primeiro amar a Deus. Quem diz amar
ao irmão, mas não ama a Deus é mentiroso. E quem diz amar a Deus e não ama o
seu irmão também o é.
Alguns
usam de prática falsa, primeiro “amam” ao irmão com interesses, depois “amam a
Deus” mas a finalidade é outra.
O
que nós fazemos com Nosso Senhor de amor? Derramamos lágrimas para filmes, para
namoros partidos, para dinheiro, para pessoas, mas para Deus derramamos uma
lágrima?
Prática: pensar em
quantas vezes rezamos “Deus eu vos amo e vos adoro”, se ao menos uma vez ao
dia, ou se nenhuma vez, praticar durante a vida esta oração, e fazê-la três
vezes no dia desta leitura.
Meditação: Nosso Senhor
realmente é digno de amor, podemos amá-lo com nossas orações, fazer um
pensamento de 2 minutos sobre esta passagem da escritura, ou mesmo pensar como
foi a cena por 5 minutos. Pensar como foi o rosto de Nosso Senhor, e como foi a
ação dos apóstolos. Nem mesmo os seus mais próximos fizeram isto com Ele,
revelando que muitas vezes estamos na Igreja por estar, mas não amamos a Deus
sinceramente.
Rezar
se possível um Pai-Nosso e uma Ave-Maria
3 -NA
TERÇA-FEIRA SANTA
Ou depois da
primeira meditação durante esta Santa Semana se for o caso.
Nosso
Senhor vai caminhar com os seus apóstolos.
De
repente escolhe uma figueira para que possa comer algo e matar um pouco sua
fome.
Não
vê nenhum fruto.
Esta
é a grande lição para nós.
Perto
do grande sacrifício e da entrega para a morte, Nosso Senhor procura em alguns
os frutos do mérito e que nós contribuamos com Ele no sacrifício, seja fazendo
um pouco de meditação, seja trabalhando com honestidade, seja lembrando com
amor Dele.
Todavia,
próximo da nossa morte, pode ser que não tenhamos fruto.
A
árvore era bonita por fora, mas não dava fruto.
Assim
são homens que tem uma vida de sucesso, mas para Deus não produzem e não fazem
nada.
Pecados
todos nós temos, mas os frutos mesmo com nossos pecados têm que aparecer. Ao
menos em arrependimento e reconhecimento de nossa miséria.
São
frutos do bem, o amor, a confiança, o respeito, a honestidade, a fé, a
temperança, a sinceridade, entre outros.
São
frutos da caridade visitar os velórios, os hospitais, os velhinhos (da nossa
casa ou não), as pessoas, ensinar aos que não sabem, ensinar a ler, ensinar
matéria e ciência, rezar em família.
Estes
são os frutos que devem ser feitos muitas vezes durante a nossa vida.
Mesmo
assim às vezes é pouco.
Mas
o Senhor não exige muito. Ele quer um pouquinho de nós. Mas faremos só o pouco
como outros? Não! Demos a ele o tudo.
Consagremo-lo a nossa vida INTEIRAMENTE.
Ele
queria apenas UM FRUTO, não achou NENHUM FRUTO, o que fazer de uma árvore que
não dá um FRUTO PARA O SEU CRIADOR? O verbo cria todas as coisas e uma árvore
não dá um FRUTO PARA AQUELE QUE A FEZ? É muita ousadia, e muito atrevimento!
Talvez o fosse porque ninguém a adubou como deveria, ou porque ela não o quis
fazer.
Quando
Nosso Senhor ressuscitou, os peixes que comeu com os apóstolos tiveram o maior prazer
de terem se entregado a Ele, todavia, muitos homens detestam a Deus não se
entregado ao menos na sua limitação a Ele.
Vamos
nos entregar a ELE, milagres ele fará em graça, paz, e castidade em nossa vida.
Deus
quer um FRUTO, somente UM FRUTO.
Nada
mais de nós. Que o fruto seja ao menos de amor e caridade, ou seja de fé, ou
seja de defesa Dele, pois, muitos os atacam diretamente e indiretamente.
Se
a uma árvore ele amaldiçoou quanto mais a nós que queremos os dons de Deus mas
não damos fruto? O castigo nos é merecido, mas lutemos contra a condenação
eterna. Se os Santos Padres diziam que um momento no purgatório é pior que
todas as dores da vida, imagine um momento no inferno?
Se
Nosso Senhor faz isso a uma figueira, quanto que nós merecemos por uma vida
repleta de pecados que nem sequer num instante lembra-se de Deus?
Fujamos
da condenação e apresentemos nosso frutos não como Caim que escolhia os piores,
mas como Abel que dava as melhores ovelhas.
Prática de
oração:
Fazer a consagração a Nossa Senhora e a São José, pedir ao nosso pai e mãe do
céu que nos orientem. Entregar-se ao Santíssimo Sacramento, ou rezar “Meu Jesus
Santíssimo eu me entrego a vós tal como minha família”.
Meditação: tentar lembrar
da figueira amaldiçoada. E pensar o que seria uma maldição de Nosso Senhor. O
que seria uma condenação de Deus?! Que
triste será a nossa alma, ou seremos nós se tivermos uma condenação infinita, a
nossa existência não deixará de ser e sofreremos por toda a eternidade por uma
ausência de amor a Deus, uma pequena fruta, ou um pequeno esforço, um autêntico
e pequeno ato de contrição pode nos fazer voltar para o céu! Mas meditemos como
seria a condenação de Nosso Senhor, e peçamos a Ele que nos livre disso.
Rezar
à Nossa Senhora, três Ave-Maria, e um Pai-Nosso a São José pedindo a orientação
e guia
4 - QUARTA-FEIRA
SANTA
Nosso
Senhor conversa neste penúltimo dia com os apóstolos, recebe sua mãe, passeia
um pouco, e adora a seu Pai por fazer por Ele tanta coisa bonita, mesmo sendo
Rei não quis riquezas, as riquezas de Deus são infinitamente superiores às
nossas, contando o caso de Santa Tereza que recebe de Jesus um crucifixo
cravado de joias e pedras preciosas, segundo ela nunca fabricando por nenhum
artesão da terra. Nosso Senhor é rico mas em uma matéria espiritual formada no
seu poder e no poder do Espírito Santo. As outras coisas dos homens são lhe
nada. São meras criaturas, ele não precisa de status nem de dinheiro. O mundo
espiritual é infinitamente superior.
Mas
os apóstolos veem a figueira amaldiçoada e começam a falar com Nosso Senhor.
Ele
a havia amaldiçoado que “Jamais alguém coma fruto de ti!”(Mc, 11,14). Para
alguns a figueira serviu, para o seu Criador não.
Assim
somos nós que servimos a muitos mas a Deus não servimos.
Servimos
e temos tempo para muitas coisas, para muitas pessoas, mas para Ele não.
Ele
nos aconselhou com a parábola das Santas virgens prudentes, e com a dos
vinhateiros homicidas.
Os
homens sempre quiseram o poder por isso por inveja matavam aqueles que
realmente eram de Deus, ou aqueles de mérito.
A
sociedade quase sempre é guiada pelos medíocres e maus.
Os
incompetentes estão à frente de tudo, no fundo servem ao demônio com o orgulho
embora se sentem nos bancos das Igrejas.
Muitos
fazem práticas de satanismo para manter o poder, inclusive com sacrifício de
pessoas.
Os
homens bons e os cristãos estes devem ser prudentes, sempre estar em graça, e
quando houver um momento de encontrar com Nosso Senhor, como a figueira, dizer
claramente que possui muitos frutos. Ao menos UM FRUTO. É isto que Nosso Senhor
procura em nós o mínimo.
Muitas
vezes nem o POUCO nós temos, nem o MÍNIMO.
Isso
é profundamente grave.
Lembremo-nos
da palavra dos servos administradores: aquele que guardou o dinheiro o que lhe
aconteceu? Nem num banco o guardou, nem um pequeno juro, não soube multiplicar
o seu dinheiro. Temos que mostrar e revelar nossos dons a Deus, e a ele
entregarmos inteiramente.
Temos
que ser iguais às virgens prudentes que levavam óleo extra, isso quer dizer,
mantermos na graças, para esperarmos pelo esposo de nossa alma. Aqueles que
levavam pouco óleo infelizmente se perderam na escuridão. Pode ser que no
momento que o Senhor nos chame não tenhamos óleo e isso seria um problema.
Vamos
pedir a Deus que ele nos faça manter um grau de reserva e prudência; só ele
pode nos dar a graça para produzirmos os frutos que Ele quer que produzamos.
Ao
mesmo tempo, temos que fazer a nossa parte escolhendo a Deus, se estivermos
cansados vamos dormir um pouco, se estivermos angustiados descansemos, o
importante é não frustrarmos com as maravilhas da vida espiritual e não cairmos
nos momentos de secura e noite escura. Foi o que nosso pai São João da Cruz
ensinava, que a alma forte não é aquela que tem as inspirações e as luzes
conseguindo derramar as lágrimas sempre, mas aquela que nos momentos de
sofrimento, se mantém firme na oração e consegue sobreviver nos tempos
difíceis.
Nosso
Senhor naquele dia se entristeceu um pouco pelo fato de haver visto a figueira,
lembrando daquelas almas que não querem dar frutos, nem pedir a Deus a
misericórdia, e muito menos estão preparadas para a morte.
Prática de
oração:
Rezar três Ave-Marias, pedir a Deus que por meio da intercessão de Nossa
Senhora consigamos uma boa morte.
Meditação: pensar como foi
a conversa de Nosso Senhor e Nossa Senhora, com os discípulos, e como ficara a
figueira. Lembrar que aquela figueira pode ser um de nós. O que nós fazemos
para darmos frutos, ou para sermos uma árvore com proveitos a Deus? Pensar o
que seria de nós sem Deus, e sem aquela escolha que ele fez desde a eternidade
de nos salvar do fogo do inferno. Meditar por dois minutos.
5 - QUINTA-FEIRA SANTA
Neste dia Ele institui o sacerdócio e
a Eucaristia.
A Santa Eucaristia é a verdadeira
prova que Deus é um e múltiplo ao mesmo tempo, que ele quis ficar em todo o
lugar, e estar em toda a parte, fisicamente, materialmente, prisioneiro de
nosso amor, embora muitos não respeitem o Santíssimo Sacramento.
Os sacerdotes são particularmente
abençoados por Deus, alguns são mais santos que outros, mas todos têm esta
graça particular. Cabe a eles aproveitar esta oportunidade e esta vocação.
Muitos infelizmente se perdem no mundo porque não rezamos por eles... Rezemos
mais para os nossos padres não caírem em pecado!
Nosso Senhor criou os dois
sacramentos sabendo que tudo seria mistério de sua graça. Não adianta entender
porque um homem tão pecador pode oferecer a graça de Deus. Isso é mistério do
alto. E a Eucaristia jamais descobriremos o seu segredo, senão morreríamos ao
ver a glória de Deus, e ao vermos tanto amor.
Faltava um dia para a entrega final,
o Mestre se preparava com seus discípulos. Ele estava triste. Mas ansioso para
nos dar o seu corpo em forma eucarística, nas espécies do pão, alimento
universal, e do vinho bebida universal.
No cenáculo onde faria a ceia, ele
lava e enxuga os pés de seus discípulos.
A sua humildade é grande, o verbo
eterno diz que o maior é o que serve, ele é o maior de todos, a Santa e Divina
Majestade por amor, sendo o mais humilde ao lavar os pés de uma criatura. Dizei
apenas uma palavra, ou fazei um sopro de voz e seremos todos salvos!
Aquela noite seria marcada por
grandes diálogos, destes vieram as pérolas da fé cristã, que embasam todo o
fundamento da existência; está no evangelho de São João:
“Ergo sum veritas, vita et via
Nemo venit ad Patrem, nisi per me. Si cognovissetis me, et Patrem meum
utique cognovissetis
Non turbetur cor vestrum. Creditis in Deum, et in
me credite
Et ego rogabo Patrem, et alium Paraclitum dabit vobis, ut maneat
vobiscum in æternum, Spiritum veritatis, quem mundus non potest accipere
Si mundus vos odit, scitote quia me priorem vobis odio habuit. Si de
mundo fuissetis, mundus quod suum erat diligeret : quia vero de mundo non
estis, sed ego elegi vos de mundo, propterea odit vos mundus.
Mementote sermonis mei, quem ego dixi vobis : non est servus major
domino suo. Si me persecuti sunt, et vos persequentur ; si sermonem meum
servaverunt, et vestrum servabunt
Estes trechos fazem parte da Bíblia em latim e estão no capítulo 14 de
São João.
Com estas palavras ele nos alertou que era a verdade, que enviaria o seu
espírito sobre nós, e que o MUNDO NOS ODIARIA PORQUE O ODIOU PRIMEIRO, PORQUE
AS OBRAS DOS FILHOS DESSE MUNDO SÃO MÁS, E ELES NÃO GOSTAM QUE FALEMOS.
Todavia, ad magiorem gloria Deum,
façamos sempre a nossa parte seguindo o apostolado do Mestre, se odiaram ao
Cristo eles também nos odiarão, porque não acreditam nele, no fundo temos pena
dos pagãos e dos que rejeitam a verdadeira fé e os verdadeiros princípios.
Rezemos por eles, porque Jesus veio por todos.
Ele prometeu que ficaria conosco antes de subir ao céu, e está na Santa
Eucaristia. Está conosco todos os dias! Ele fez isso por amor antes de morrer
Prática de
oração: comungar
fisicamente ou espiritualmente o corpo de Deus, confessar-se nesta semana se
possível.
Meditação: o que é a dádiva
de Deus, senão a entrega Dele todo, e o que é esta preciosidade senão o seu
próprio corpo? O presente de Cristo está no seu corpo e sangue, o maior dos
presentes e o maior dos alimentos. Lembrar que por amor se entregou todo, se
fez coisa e alimento para estar mais perto de nós. Não há fronteiras para o
amor de Deus. O que estará longe de nós se aquele que é Deus se faz alimento
dentro de nossos sangues, veias, se permitindo integrar na digestão de nosso
estômago? Não esqueçamos que temos que nos confessar sempre para comungar o corpo
de Nosso Senhor. Se possível todos os dias, senão uma vez na semana, mas quanto
mais comunhões melhor. Se estivermos em pecado, façamos a comunhão espiritual
pedindo a Deus perdão, basta dizermos “vinde Senhor ao nosso coração”. Meditar
esta graça que é o corpo de Cristo, e rezar: “eu vos adoro a todo momento, pão
vivo do céu augusto sacramento”. Fazer esta meditação por 2 minutos. Ler o
Evangelho de São João o capítulo 6 de 22-71 os versículos. Meditar mais um
pouco por 5 minutos o Santo Evangelho lido.
MEDITAÇÃO COMPLEMENTAR: A EUCARISTIA
O mestre sabendo que iria morrer, na
noite de quinta-feira, junta com os seus discípulos após longo dialogo.
Ficara ele um pouco nervoso, mas
dizia que iria se entregar, e estava ansioso para aquele momento, no qual
acontece o maior milagre da filosofia cristã que é a transformação do pão em
corpo, e do vinho em sangue.
O corpo e o sangue de Cristo um dos
maiores milagres, no qual a substância muda, transformando-se na substância
viva o corpo de Deus.
Ele se entregou de modo incruento,
mas depois, no dia seguinte de modo cruento. Assim, quis ele se entregar. Nós
não entendemos o mistério de seu amor.
Sabemos que se fossemos entender todos iríamos morrer, dizia São Bernardo. Jesus disse assim:
Sabemos que se fossemos entender todos iríamos morrer, dizia São Bernardo. Jesus disse assim:
“Sumite, hoc
est corpus meum.”
“Et ait illis : Hic est sanguis meus
novi testamenti, qui pro multis effundetur in remissionem peccatorum”
Quando disse “tomai todos, aqui está
o meu corpo” , “este é o meu sangue” do novo testamento, “derramado por
muitos”, funda o maior mistério que é seu corpo e seu sangue, ou seja, ele
vivo, corpo, sangue, alma e divindade, todavia, no PÃO E NO VINHO.
Ao mesmo tempo funda o sacerdócio,
pois, quando ordena aos seus discípulos para que celebrem a eucaristia em
memória dele, cria a ordem.
“hoc facite in meam commemorationem”
Ou seja, iremos repetir isso até o fim dos séculos. Isso acontecerá
sempre até que o Senhor venha!
Mas você já imaginou que valor tem o corpo e o sangue de Cristo? Nós não
o merecemos, mas ele se fez por nós, muitas comungam de qualquer maneira... Em pecado grave não comunguemos a não ser
espiritualmente.
A ele a glória pelos séculos sem fim amém!
Repetir
se possível a meditação anterior, focando no texto bíblico de São Marcos,
capítulo 14 de 17-24.
FINAL DA QUINTA-FEIRA
PARA SEXTA-FEIRA
A
PREPARAÇÃO PARA O SACRÍFICIO
Cristo estava se preparando para morrer.
Morrer pelos pecados dos homens, por nós, que não merecemos,
e não damos valor a sua morte, e muito menos fazemos remorso de nossos pecados.
A resignação Ele mesmo teve que fazer, o luto sua Mãe, que foi uma das poucas a fazê-lo, juntamente com aquela mulher que lhe enxugara os pés com suas lágrimas.
A resignação Ele mesmo teve que fazer, o luto sua Mãe, que foi uma das poucas a fazê-lo, juntamente com aquela mulher que lhe enxugara os pés com suas lágrimas.
Eram suas últimas horas antes da violência que Lhe fariam.
Estava
muito triste, alguns santos padres diziam até que estaria com um tipo de
depressão.
Ele
vai suar sangue.
Uma
gotinha apenas salvaria o mundo inteiro, mas Ele quis derramá-lo todo, como
dizia o Santo Padre Pancrácio Dutra.
Ele
reza os salmos quase que chorando, louvando a Deus após a sua última janta.
Agradecendo o alimento como de costume. Logo,
sua Mãe sabia que Ele iria morrer, e estava próximo, mas não sabia o tempo
exato. A espada de dor avançaria o seu
coração. O que é a dor deu mãe perder um filho? Ainda se o filho é o mesmo de
Deus? Por inveja! Por ódio! E ele se entregou todo por nossos pecados, por amor
aos homens. Não importa quais sejam os homens, desde um estuprador, até um
santo, o amor de Deus é o mesmo: infinito.
O filho do homem
revolucionou o mundo pregando o amor, em apenas três anos, dividiu o tempo do
homem, e marcou a vida de todos. As escrituras sagradas iriam se cumprir. O
homem para pagar a sua dívida deveria ter uma redenção que fosse divina, pois,
a sua dívida era infinita. Com isso, o mestre estava aguardando o tempo
propício para o sacrífico. Ele foi ao templo. Pregou ainda aos que lhe queriam
ouvir. Mesmo assim, o mestre era procurado
por interesses vãos aos que realmente deveria interessara ao homem que era a
sua salvação.
Na terça-feira santa, ele sabia
que apenas uns três dias lhe faltariam para se entregar. “Dou a minha vida para receber ela de volta” disse ele,
todavia, sabemos que nenhum ser humano quer morrer. Mas a sua missão tinha que ser cumprida. E o nosso luto?
Você já pensou que tu como miserável homem não merecia esta salvação esta
entrega? Não merecemos nada, Deus criou o mundo e não precisou de nós. Mas ele
quis precisar de nós. Por amor. É claro que não merecemos, o que você fez então
para ter realmente esta dádiva?
Acho que por
mais que façamos alguma coisa, sempre não faremos nada.
Prática de
oração:
rezar o ato de contrição.
Meditação: fazer 5 minutos
de silêncio pensando neste capítulo da vida do mestre, se possível pensar o que
ele passou naquela noite derradeira.
NO JARDIM DAS
OLIVEIRAS
Para
ser feito na noite de quinta-feira, ou mesmo sexta-feira bem cedo
Ele iria se entregar, suas armas espirituais existiam,
dissera depois que se quisesse chamaria uma legião de anjos para lhe ajudar,
nem precisaria disto, bastaria uma vontade, ainda passando no meio do povo, em
Nazaré, poderia ter matado a todos mas passou no meio deles.
O Rei dos reis, desapegado de tudo, foi cantar salmos com os
seus discípulos.
Por lá após ter rezado, chamou para si três dos seus mais próximos e se afastou para rezar:
“Pai se for do teu agrado afasta de mim este cálice”.
Por lá após ter rezado, chamou para si três dos seus mais próximos e se afastou para rezar:
“Pai se for do teu agrado afasta de mim este cálice”.
Era um cálice de
sangue. Voltou e viu a Pedro, o repreendendo: “Não pudestes vigiar uma hora?”.
Nas horas mais duras para o Cristo poderíamos ter
vigiado uma hora, nem isso conseguimos.
Quantas horas
santas fazemos na semana? E no mês? Ao menos dez minutos? Nunca temos tempo
para a adoração do Santíssimo.
O senhor pediu
uma hora, mas seria às vezes pouco tempo. Alguns poucos minutos.
Santo Afonso de
Ligorio até dizia que as horas de consolação que alcançaremos na hora da morte
dependeriam das visitas que fizermos ao Santíssimo Sacramento, mesmo que de
poucos instantes. Guardemos esta lição.
Muitas vezes
apenas poucos minutos. Não
vigiamos e nem oramos.
Por isso a tentação se apega de nós, o demônio nos ronda procurando a quem devorar. Apenas pelo fato de não rezamos. É impossível ao homem afastar de Deus no sentido de sua presença, até no inferno ele lá está.
Por isso a tentação se apega de nós, o demônio nos ronda procurando a quem devorar. Apenas pelo fato de não rezamos. É impossível ao homem afastar de Deus no sentido de sua presença, até no inferno ele lá está.
Todavia, rezando
mais duas vezes; Ele tinha dito quase as mesmas palavras, pois, a terceira
jaculatória foi mais incisiva: “Se não puder me afastar este cálice faça-se a tua
vontade.”.
Ele passa a suar
sangue.
Um ANJO aparece
para lhe consolá-lo, para confirma-lo e lembra-lo de sua missão e do cálice que
havia de tomar. Para lhe exortar.
Bastaria uma gota para nos salvar, no entanto, ele quiser suar muito, e derramar o sangue todo. Uma gota de sangue tem valor infinito de Cristo, mas ele não ligou.
Quis se entregar todo. Estava só aguardando ser preso, para se entregar para a salvação dos homens, não por crimes que tinha cometido, mas pelos crimes que nós cometemos, pois os homens mentem sempre para serem absolvidos o Cristo não, ele não precisa mentir, por isso desde o início ao final do julgamento ele permaneceu calado.
Bastaria uma gota para nos salvar, no entanto, ele quiser suar muito, e derramar o sangue todo. Uma gota de sangue tem valor infinito de Cristo, mas ele não ligou.
Quis se entregar todo. Estava só aguardando ser preso, para se entregar para a salvação dos homens, não por crimes que tinha cometido, mas pelos crimes que nós cometemos, pois os homens mentem sempre para serem absolvidos o Cristo não, ele não precisa mentir, por isso desde o início ao final do julgamento ele permaneceu calado.
É um dos mistérios mais belos de meditação, o início da
sua paixão que aconteceria agora, entre as dez à meia noite.
Prática de
oração: rezar
o ato de contrição
Meditação: rever o
Evangelho de São Mateus, capítulo 26 de 36-46. Ler, e meditá-lo por cinco
minutos.
A
TRAIÇÃO: AMIGO A QUE VIESTE?
Nosso Senhor Jesus Cristo seria traído por um dos seus, que
era o diabo, o acusador, o caluniador, o falso, o mentiroso. Ele sabia disso
desde o princípio. Será por isso que o escolheu? É um mistério. Disse um dia:
“Ai de quem me trai”.
Mas as Santas Escrituras, o Logos que é ele mesmo tinha que
que se cumprir.
O traidor tinha dito à mulher que deveria dar o perfume
destinado ao Senhor aos pobres, só para não ter que amar a ele, o Cristo lhe
respondeu que a caridade podemos fazer sempre para os pobres, mas naquela hora
ela tinha feito uma caridade para com Ele.
No fundo Judas
não amava a Jesus. Ele o odiava. Desde o início era
um interesse muito claro, pensando que o Cristo seria um agitador político,
seria um rei terreno, ele teria um “cargo”.
Sempre assim as
pessoas com interesse em cargos dizem ser próximas de Deus, e de Cristo, alguns
vão até na Igreja, outros se consideram cristãos e nunca rezaram nada, o deus
deles é outro, é o dinheiro, a cobiça, a mentira, por isso falseiam tudo, com a
intenção mesquinha.
O traidor mexia
com dinheiro. Era o homem da sacola. Sua cidade era ligada a bruxaria com
esoterismo judaico. Cuidado se você exerce uma função religiosa e lida com o
dinheiro. É triste quando vemos alguns apegados ao dinheiro até da parte do
clero! Queremos ter mais exemplos e não falta de prática evangélica!
Sabendo que o
Cristo continuaria pobre (não um rico que aproveitou do povo), e manteria a
salvação do homem, ele foi traído por trinta moedas de prata.
Foi uma venda do
mestre, pelo dinheiro, uma corrupção, um desvio da bolsa comum, para o
patrimônio pessoal dele.
O dinheiro é
maldito, que lhe levara ao suicídio logo depois. Suicídio de remorso! E
arrependimento! Ele se castigou! Pode ter se arrependido mesmo cometendo pecado
mortal...
Tantos anos com
Ele e nada tinha aprendido. O mestre ao ver Judas mesmo sabendo do que iria lhe
acontecer, lhe disse: “Amigo a que viestes?”. Isso nos dá uma lição. Mesmo os nossos inimigos devemos perdoar, e mesmo os que
mentem sobre nós. Porque eles mentem, o pai deles sempre será o diabo, não
sabem fazer outra coisa a não ser caluniar o próximo. O mestre tinha lhe dito: “ Alegrai-vos e exultai quando
vos caluniarem e mentirem sobre vós por causa do Reino porque de vós será a
cada de meu pai. Assim eles trataram todos os profetas.”
A gente precisa
de profetismo e menos mentira. Por isso não podemos parar de dizer a verdade. O Cristo sofreu a mesma coisa, o nosso Deus, com amizade
recebe o seu inimigo e não lhe deseja mal, apenas lhe pergunta: “É com um beijo
que trais o filho do homem?”. Por que muitos agem mal, nos maltratam, e depois
vem com falsidade dizendo que são a favor do amor, o que é tudo mentira.
Jesus se assusta com o cinismo de Judas, beijando-o para
o trair.
É uma forma de
satanismo, mentir dizendo que ama, mas no fundo se odiar. Ele nunca gostou do
mestre.
Jesus se assusta
com o nível de falsidade do homem, uma hora se diz que o está seguindo, e outra
por um interesse não. Assim infelizmente é o homem. E assim foi o Judas.
As consequências
do pecado de Judas não foram suficientes para o seu controle psicológico,
acabando ele cometendo um pecado mortal antes de morrer. Mesmo assim não
podemos admitir que ele esteja no inferno, todavia, as consequências do seu ato
foram imediatas. Mas ele suicidou de remorso para se auto-castigar.
Prática de
oração:
consagração a Nossa Senhora, a São José e ao Bom Jesus.
Meditação: verificar quantas vezes no dia nós traímos
Jesus, quantos são os nosso pecados. Pensar que Judas tinha tantos ouvintes
quanto Pedro e João, ou seja, ele se disfarçava muito bem ao público. Destruir a nossa imagem, no sentido de
falsidade. Muitos não são sinceros são escravos das imagens. Seguir a Jesus é
um dever, mas seguir a Jesus traindo-o é
um defeito grave. Pedir a Deus sempre o perdão de nossos pecados. Nós
somos sempre um pouco do Judas, o seguimos mas não praticamos o que ele manda.
Meditar isso com pedido de contrição dos nossos pecados.
6 - PAIXÃO DE NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO
Durante a
sexta-feira, começando pela manhã até à noite
NA MADRUGADA DE
SEXTA-FEIRA SANTA
Fazer bem cedo,
sendo a primeira meditação
O
senhor foi preso pelos soldados dos sacerdotes, e desde o encontro no monte das
Oliveira leva o primeiro golpe.
Durante
a noite inteira é agredido com bofetadas, socos, e pauladas.
De
manhã cedo é levado ao sinédrio que é o tribunal dos judeus. Tribunal este
sagrado, todavia presidido por dois demônios: Anás e Caifás.
Bossuet
dizia que todos os dois tinham tais sufixos por causa de satanás.
Os
mesmos escolhem acusá-lo de falsas acusações, com injúrias, calúnias, e
difamação, portanto, o Filho do Homem é desmentido como se fosse um mentiroso.
Ele
responde pouco, numa primeira resposta Ele diz para perguntar àqueles que
estavam no povo, o qual ensinava livremente, enquanto eles usavam da autoridade
simplesmente para fazer o mal, e se consideravam filhos de Moises e de Abraão.
O
Senhor ainda diz que eles verão o Filho do Homem entre as nuvens do céu cercado
de anjos, isso aconteceu depois da morte dos dois.
Mesmo
assim eles lhe cuspiram e rasgaram as vestes.
O
Senhor é levado a Pilatos.
Prática de
oração:
pedir a Deus de misericórdia por nossos pecados de falsos testemunhos.
Meditação: Pensar nas
injustiças que fazem com Deus, todas as coisas más Deus é acusado, e a Santa
Igreja também, todas as coisas boas os homens pensam em sua glória. Fazer um
voto de humildade: “Senhor eu nada sou, perdoai os meus pecados, vim do barro e
do barro vou voltar”. Procurar se humilhar mais. O homem perante Deus é nada,
pensar no falso Julgamento de Nosso Senhor, e como ele foi “válido” pelos
homens. Hoje há muitos falsos julgamentos. Quantos são presos injustamente, e
quantos deveriam estar presos e não são. Esta é a justiça dos homens. Pensar
nisto, e pensar que nós que merecíamos estar no lugar Dele sofrendo os nossos
crimes. É sexta-feira santa, pensar nisso pela manhã ou no horário da oração.
JESUS DIANTE DE
PILATOS
Segunda meditação da manhã, fazer pela manhã cedo, ou antes
das dez
Pilatos era formado em letras e leis, mas era
ignorante em verdade.
Não sabia o que era a verdade.
Não era batizado, não era cristão.
Porém, não queria condenar a Nosso Senhor, o
fez por covardia, um homem que parecia ser corajoso, mas o fez porque o Santo
de Deus lhe avisa que só lhe poderia fazer porque do Alto lhe havia dado
autoridade.
Ao chegar perto do mestre Jesus lhe diz: “eu sou
a verdade, aqueles que são da verdade ouvem a minha voz”. Pilatos responde com
burrice “o que é a verdade?”. Responde perguntando. Até hoje os “sábios” dizem
“não há verdade”. Portanto, não conhecem a lógica, e nem conhecem o pais da
lógica, o logos eterno, o Cristo, o Filho de Deus.
Será que seguimos a verdade? Será que seguimos a Cristo? Será que lemos as
obras dos Santos Padres para entendermos a verdade? Ou para nós bastaria o
conceito vão das fracas ciências e filosofia.
Ele nada responde, porque Pilatos é um tolo. É
covarde. Se pergunta que não sabe a verdade é porque nunca a estudou, nunca a
esclareceu, e nunca se aproximou das fontes de Deus.
São palavras da sacra escritura:
“Assim como a neve é imprópria no estio e a
chuva na ceifa, do mesmo modo não convém ao INSENSATO a CONSIDERAÇÃO. Como um
pássaro que foge , uma andorinha que voa, uma MALDIÇÃO INJUSTIFICADA PERMANECE
SEM EFEITO. O açoite para o cavalo e o freio para o ASNO; A VARA PARA AS COSTAS
DO TOLO. Não responda AO NÉSCIO SEGUNDA A SUA INSENSATEZ, para que não seja
SEMELHANTE A ELE.”
Está nos primeiros versos do capítulo 26 de
provérbios.
A verdade de
um mentiroso é uma mentira, e a mentira do mentiroso é a verdade.
A
negação da negação se afirma, e afirmação da negação se anula.
Assim
o excomungado que te excomunga te louva e te exalta, e a exaltação do bandido é
uma depreciação.
Por
isso o Cristo nada respondeu, a melhor resposta ao ASNO é não RESPONDÊ-LO, pois
a INJUSTIÇA QUE É FEITA POR UM FALSO, não merecerá o FAVOR DE DEUS.
Acolhei-me
Deus conforme a sua justiça, e fazei-me justiça aos que fazem mal, pois, sou
inocente da perfídia que me ativeram.
Prática de oração: Rezar um credo.
Meditação: pensar como somos enganados pelas tentações e
como cairmos por elas. Pensar “se eu rezar uma Ave-Maria, ou lembrar-me da
eternidade não terei de modo algum quedas”. Assim ensinava-nos o saudoso Padre
Sérgio, e São Luiz Gonzaga. Pensar na cena de covardia de Pilatos. Nós falamos
de Deus, e dizemos que temos fé inabalável, no primeiro risco de morte, ou na
primeira chance somos os primeiros a nos esconder também. Pedir a Deus coragem,
e pedi-la a Nossa Senhora em oração espontânea na breve meditação de dois
minutos.
OS AÇOITES
Fazer depois em
sequência, ou depois de uma hora do primeiro exercício, ou antes do meio-dia,
ou às nove da manhã.
Nosso
Senhor, a Divina Majestade é colocado semi-nu numa coluna.
Os
presos e condenados à cruz eram deixados sem roupa.
Para
não violarem ao Castíssimo Senhor, uma pequena tanga cobre suas partes íntimas.
Eles
começam a flagelar seu corpo.
O
fragelus Romanum, era um tipo de
chicote de cabo curto com três pontas de chumbo ou de osso.
As
primeiras açoitadas causavam hematomas, e deixavam a pele roxa, assim, os
algozes aplicavam mais golpes naquela região, então os açoites penetravam até
sair sangue, e até entrarem na pele, e firmarem na carne, saltando e pulando
grandes gotas de sangue.
Para
matar bastava 40 golpes.
Nosso
Senhor recebeu 120 golpes.
A
sua resistência é a mesma de Deus, o Filho de Deus é um atleta, caminhava
longas horas e fazia longas caminhadas.
Mas
o Senhor permanece firme amarrado na coluna.
O
seu Santíssimo Sangue começa a brotar, ele se solta e vai suando como se fosse
uma fonte, todavia, matando a Nosso Senhor vagarosamente, fazendo com que o
corpo firmado no Espírito Santo, gerado pelo Espírito de Deus pudesse sangrar
com mais força deixando mais da sua preciosa vitalidade no chão.
O
sacrifício está no seu processo, e o Senhor se entrega sem um queixume.
Ferem-lhe
nas pernas, nos braços, na frente e até um pouco nas outras partes. Até os pés
são atacados, assim conta o Santo Sudário. A santa escritura diz: “nenhuma parte de seu corpo foi poupada”.
Dali
ele passa para o centro do pátio.
Prática de
oração:
adorar a Jesus mentalmente com o seu sangue jorrando, pois, está se dando por
nós.
Meditação: pensar na dor de
Nosso Senhor por nossos pecados, o seu preciosíssimo sangue merece ser adorado.
A santa Igreja diz que todas as relíquias da Santa Paixão devem ser adoradas
porque nelas estão sangue de Jesus. Pensar que está adorando a Jesus
mentalmente e fazer contrição dos pecados. Rezar o ato de contrição. Procurar
fazer uma penitência para a semana que vem.
A CENA DE
ULTRAJES
Para ser feita
às dez da manhã, ou em sequência, ou antes do meio-dia
Rodeiam-no
dezenas de soldados.
Eles
fazem fila para bater em Nosso Senhor, que num instante poderia ter eliminado
todos, o Logo cria, mas poderia matar, e não o quis fazer.
Bastaria
um milésimo de segundo, um pensamento, uma mera inclinação... Mas não! Ele se
manteve até o fim usando de misericórdia conosco.
Eles
deixando-o nu depois dos açoites, lhe colocam um manto vermelho de rei, só para
debochar Dele.
Então
começam a fingir adoração ajoelhando em sua frente, dizendo “Salve Rei dos
Judeus”.
Cospem-lhe
no rosto, e lhe dão golpes na cabeça.
Revestem
um capacete de espinhos e lhe colocam na cabeça.
Nas
mãos uma cana.
Lhe
batem na cabeça com a cana, e com pauladas cravam os espinhos na cabeça,
fazendo jorrar mais sangue.
Um
dos espinhos, pois, são mais de 100 que lhe golpeiam a cabeça, fere um veia
fazendo jorrar um filete de sangue, outro entra nos olhos, o outro olho inchado
está quase aberto, os dois olhos estão esmurrados, o nariz inchado pelas
pauladas, e a boca, não há quebra de ossos, mas as cartilagens se partem.
O
rosto então sua sangue, do alto da cabeça até o queixo.
Sua
barba agora tem falhas pelos socos e pelos golpes na cana, e diversas pauladas.
Tudo isso é muito grave.
O
Senhor não reclama e levam-no para crucificar.
Prática de
oração:
uma dezena do rosário sobre a cena de ultrajes.
Meditação: pensar no bom
jesus, o que ele fizera para merecer tanto mal? Infelizmente os homens assim
fazem até hoje, querem-lhe matar, pensar como poderíamos ser mortos com apenas
um olhar dele, mesmo assim se entrega todo. Imaginar que está de joelhos
adorando e benzendo ao Altíssimo e Amantíssimo Rei pela sua graça e pela sua
misericórdia. Meditar por 2 minutos. Fazer remorso por nossos pecados.
O CAMINHO DA
CRUZ
Para ser feita
pelas 11 e meia, ou antes do meio-dia, ou pode ser feita em sequência.
Até
no caminho da cruz muita tristeza acontece e muita misericórdia.
A
primeira pessoa, segundo os apócrifos que vê é sua mãe. Ela desmaia ao ver o
seu filho. O cântico dos cânticos diz sobre ela, que quem é o seu filho, o seu
amado, pois o seu rosto está todo desconfigurado, não dá para saber quem é.
Nosso
Senhor continua e cai uma segunda vez.
Depois
que cai, ele é consolado por Verônica, conforme os apócrifos e lendas cristãs.
Na queda ele torce o pé, e gera mais um outro hematoma.
Ele
continua levantando. Segue com a cruz de uns 50 quilos, somente a parte
horizontal.
Mais
um pouco Ele cai mais um vez.
Simão
de Cirene foi abençoado, porque consegue ajudar a Nosso Senhor a carregar a
cruz. Esta é uma dádiva sublime! Lhe garantiu a salvação.
Então,
Nosso Senhor consola as mulheres: “chorai sobre vos mesmos”. Até nessas horas
ele usa de misericórdia. Ele sabe que precisa do poder do Pai, mas nós
precisamos muito mais, do amor Dele.
Ele
acrescenta: “se fazem isto a um inocente quanto farão a um culpado?”. “Haverá
tempos que dirão: montes cobri-nos”. Estes tempos já são os de agora.
Cada
palavra que nosso Deus profere está cheia de divindade, embora este tempo seja
o de humildade, onde se revela sua humanidade total.
Ele
sobe até o fim.
Prática de
oração:
o ato de contrição, pedir a Deus perdão pelas faltas e quedas.
Prática de
meditação: pensar
quantas vezes caímos por gosto, ou por vontade e gostamos de fazer o mal. Nosso
Senhor caiu não em pecado, mas alguém aparece para lhe ajudar. Podemos cair sem
pecar se estivermos com Nosso Senhor. Podemos ajudar o Senhor a carregar a
cruz? Isso depende Dele. Podemos pedir ao Senhor que nos ajude na cruz? Sempre!
O que fazer então? Sempre pensar que podemos carregar a cruz com Nosso Senhor.
Nos tempos de desespero pensar que outros da Santa Igreja nos ajudaram neste
caminho, um São João, um Santo Antonio, Santo Anselmo, São João da Cruz, Santa
Tereza, Santo Inácio, São Francisco de Sales e muitos outros. Pensar no caminho
da Cruz e no sofrimento de Nosso Senhor. Meditar por cinco minutos.
CRUCIFICAÇÃO E
MORTE
Para ser feita
meio-dia, ou em sequência, ou às três da tarde do dia santo.
Ao
chegar no lugar do crânio, ou da caveira, não aceita tomar bebida anestésica,
quer sofrer todo e tudo, a bebida servia para não sentir dor, Jesus é um homem
de coragem e de fortaleza, nos dá o exemplo.
A
cruz tinha 2,80 metros no máximo 3,00 metros.
Os
soldados o crucificaram nos pulsos, e com pequenos bancos levantam-no até a
cruz que está fincada no lugar da caveira.
Depois
cravam seus pés com um finco maior.
A
dor que passar nos pulsos é insuportável, e agonizante; homens ficavam até uma
semana na cruz, entre os ossos do pulso a dor se parece com uma torsão
constante nos punhos, nos pés grande dor, quando se asfixia, força os pés para
então conseguir respirar. Jesus agoniza na cruz. Sua Mãe vê aquilo chorando!
Que dor a de Nossa Senhora!
Todo
o corpo de Nosso Senhor está machucado, ferido, e jorra sangue, vaza
constantemente, ele foi severamente mortificado, Ele foi agredido e violentado
na carne desde a madrugada de Sexta-Feira.
Nosso
Senhor a primeira coisa que faz é perdoar a todos nós.
Disse:
“Pai perdoa-lhes eles não sabem o que fazem”
Isso
já é motivo para o deboche, eles começam a dizer: “salva-te a nós”, “desce da
cruz”, “se és o filho de Deus desce da cruz e salva-nos”, são tentações do
diabo, durante todo o tempo ele salvou o homem, muitos não o quiseram, pra que
Ele iria aparecer agora? Está fazendo o sacrífico para nos salvar mesmo, e para
cumprir a vontade de seu Pai, todavia, o diabo não aceitava este grau de
humildade, facilmente ele dominava muitos dali, sendo que o Santíssimo Jesus
estava fazendo isso morrendo por todos nós pecadores.
O
Senhor vê sua mãe com o seu discípulo amado e a entrega livremente.
Ele
diz: “Senhora eis aí teu filho, filho eis aí tua mãe”, então ela cuida dela até
a sua prisão, e sua assunção.
É
um símbolo, ele só entrega sua Mãe Santíssima àqueles que mais ama, e nós que
tentamos seguir a Cristo fazemos o papel de seus filhos.
Mas
a cena de deboche continua gravemente.
Um
dos homens crucificados com Ele, começa a debochar dizendo que deveria sair da
cruz e salvar a todos eles.
O
outro já reconhece o seu erro, e mostra arrependimento e temor de Deus, a vida
já está perdida, mas ele pede a Jesus, “lembra-te de mim”, esta oração é
suficiente para obter a salvação, então o ladrão vira santo, no momento que a
Santa Majestade diz: “em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”. O
consolo lhe vem ao coração, e o homem abaixa a cabeça na esperança de estar com
Deus depois da morte.
Até
no último instante também, podemos nos salvar por vontade de Jesus, basta-nos
querer e nos arrependermos.
Bastar-nos-ia
uma pequena oração com arrependimento para termos a salvação, um pequeno ato de
contrição já nos leva ao céu. Nosso Senhor nos ama, é misericordioso está apto
a nos perdoar, mas temos que nos arrepender de nossas faltas. Pecamos sempre.
Por quê não rezamos sempre ou o amamos sempre?
Ali
Nosso Senhor agoniza aos gritos da turba, tendo que ouvir mentiras e
blasfêmias.
Quantas
vezes diante do sofrimento falamos a mesma coisa, dizendo “nos tire a cruz ó Senhor”.
O profeta Elias o fez, Jonas também, e outros profetas também cansados faziam,
mas temos que pedir a Deus a força. Isso é o normal, infelizmente, de nossa
fraqueza humana.
Entregue
a Deus os seus defeitos para que ele o ajude! Tudo está por conta dele! Entregue-se
ao Santíssimo Sacramento do Altar!
Mas
Nosso Senhor reza: “Meu Deus, meu Deus por quê me abandonastes?” uma palavra do
salmo, até na morte ele chama a Deus, o sofrimento é grande, a dor é profunda,
dor até por aqueles que não se arrependeram, e mostra a limitação humana.
Os
juízes e doutores da lei esqueceram do Hebraico dizendo em tom e voz forte que
estava chamando por Elias quando dizia Eli.
Ao
mesmo passo, o dia começa a virar noite.
Raios
e relâmpagos cortam o céu. Um milagre vai acontecer com a ressureição de muitos
corpos. É um milagre estupendo. A cortina do templo vai se partir ao meio.
Depois da partida de Nosso Senhor.
Deus
não está satisfeito com esta situação, mesmo ordenando a salvação, chega
próximo do fim dos tempos, por um instante, mas a ordem prevalece.
Nosso
Senhor pede água, “tenho sede”, eles lhe dão um vinagre, ainda debocham mais
dele. Nem água foi dada ao Mestre. Nada para aliviar o seu sofrimento.
Outros
dizem “vamos ver se Elias vai tirá-lo” debochando Dele, mesmo o céu estando
escuro.
Nosso
Senhor Jesus Cristo é fiel ao pai, permanece na cruz até o fim de sua vida.
“Tudo
está consumado”, diz, tudo foi feito e está pronto, ou seja, ele obedeceu ao
Pai em tudo até sua morte.
Então
reza a última frase: “Pai em tuas mãos entrego meu espírito” (aqui seria bom um
pensamento de amor e um pequeno pensar desse instante, ou uma genuflexão de
cabeça), como homem ele entrega a sua alma a Deus, dando o modelo ao bom
cristão que tem que entregar a sua alma na hora da morte...
Ele,
abaixa a cabeça dá um pequeno grito, e falece, depois de grande sofrimento.
Aqueles
doentes que morrem com doenças graves são também modelos de cruz, Nosso Senhor
sempre está com Eles para ajuda-los em sua pesada tarefa até entregarem-se a
Deus.
A
morte de Nosso Senhor é pesada, é triste, a sua família lhe chora, como lhe
chorou desde o início, e sua Alma vai para Deus, embora sua divindade sempre
estivesse com Ele.
Vence
ao demônio e perdoa os pecados todos em todos os tempos, naquele momento, vai
ao Sheol e liberta as almas dos presos...
Assim
Nosso Senhor se torna o maior herói do mundo, jamais superado, sempre lembrado,
e será coroado como Rei do Universo.
Prática de
oração:
Um pai-nosso, uma ave-maria e um ato de contrição
Meditação: Pensar nas horas
que Nosso Senhor passou na cruz, isso é muito grave, a Divina Majestade se
passasse alguns segundos seria já pesado mas ele foi morto como um criminoso,
injustamente, e horrivelmente, por causa de nosso pecado, pensar várias vezes,
pensar em cada uma de suas palavras, o sofrimento e a dor, lembrar que fez isso
para nos livrar da condenação e para que tivéssemos amizade com Ele. Nosso
Senhor morreu por nossos pecados, nós não merecemos isso, fazer um ato de
humildade. Pensar nesta cena 5 minutos ou mais.
O
autor agradece a Nosso Senhor, e ao Santo Espírito pela inspiração dessas
palavras, dadas para a glória de Deus Pai, e para o louvor de sua Mãe
Santíssima, sendo pois o pior dos pecadores deixa o seu eterno agradecimento,
como humilde servo que é da Santíssima Virgem e da Santíssima Trindade, pela
honra de ter escrito estas breves palavras sem merecimento algum a não ser da
Divina Majestade, do Divino Rei e da Divina Rainha, para o louvor e adoração do
Santíssimo Mestre.
Como
dizia nosso pai espiritual Santo Inácio Ad
Magiore gloria Deum!
Paz
e Bem!
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