CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS VENDAS DE IMOBILIZADO
Prof. Rodrigo Antonio Chaves da
Silva
Ganhador do prêmio internacional
de contabilidade financeira
O
patrimônio é um conjunto de substância econômico-aziendal, de matéria de
riquezas, como complexo e fundo estático, e ao mesmo tempo, no aspecto dinâmico
é um conjunto de fenômenos, um misto de valores, pois, está sempre em
incessante vir-a-ser.
Não
podemos menosprezar que um dos fenômenos mais importantes da contabilidade,
seriam as vendas de mercadorias, ou mesmo as receitas, estas como recuperações
de custos, permitem além da absorção dos gastos, uma margem, e uma condição de
resultados, auferindo retorno. Mais interessante ainda, embora seja menos comum
é a venda de imobilizados, ou de
capitais fixos de uso, os chamados bens permanentes, de uso, que podem ser
destituídos da matéria patrimonial por diversos motivos.
Um
desses principais motivos de disposição é a sua depauperação ou envelhecimento, este fenômeno importante de ser
analisado, quase sempre ligado ao obsoletismo,
igualmente outro fator para a venda de tais aplicações, é a perda de valor funcional, o excesso de
depreciação, o uso prologando, as perdas ocasionais, entre outros diversos
tipos de causa para a sua negociação.
Os
imobilizados todos são afetados pelo envelhecimento, igualmente, pela perda de
valor funcional que conforme o neopatrimonialismo consiste num fato que resume
todos os outros ligados à sistemática patrimonial.
Por
exemplo, a depreciação representa um desgaste, mas ela em si não pode resumir o
valor funcional, que consiste em todos os fatores patrimoniais que permitiriam
manter a capacidade de funcionamento, ou de movimento do patrimônio, ligado
diretamente ou indiretamente a este bem.
O
fato de estar totalmente depreciado não quer dizer que o bem está com problema
de funcionalidade, ao contrário, ele pode ainda ter capacidade funcional, isto
é, transmitir-se positivamente para todos os sistemas patrimoniais,
corroborando com a dinâmica.
Mas
mesmo com depauperação, depreciação, uso excessivo, obsoletismo, entre outros
fatores que diminuem a capacidade dinâmica do patrimônio imobilizado (e do
patrimônio geral), dizemos que o seu valor funcional pode ser mantido, mas na
possível queda do mesmo, isso vai gerar problemas importantes por parte da
administração que quer seu capital mais competitivo, exigindo então que ele
seja vendido.
Ou
seja, em muitos casos de alteração para menos da capacidade funcional,
imediatamente, os donos, ou o setor técnico da empresa, ordena a sua
substituição.
Claro
que para trocar o bem, manter o anterior não é proveitoso, isso requer que seja
movimentado em vendas.
As
vendas de capital fixos, sejam estes de quaisquer naturezas ou tipos, não é
comum, acontecem geralmente no fim de um ciclo patrimonial, que pode durar
cinco anos, ou até trinta anos, como é o caso de alguns tratores, ou
ferramentas. Geralmente, se faz a troca quando se percebe a perda constante do
valor funcional, esta detectada pela falta de competitividade, ou mesmo de
nível de vendas.
No
caso, quando há queda de venda brutas em relação às outras empresas, ou quando
as quantidades caem sobejamente, em se tratando daquele bem, isso de um modo
constante após diversos anos, isso já é motivo para a queda das recuperações
patrimoniais, e base para a opção de venda do imobilizado.
Não
é comum a venda de imobilizados, é normal a sua venda ao fim de um ciclo de
vida, ou de uma constante rebaixa da sua condição de valor funcional.
Mesmo
assim, conforme diversos autores de contabilidade, as vendas dos bens fixos
acontecem geralmente uma vez em sua “vida” dentro do patrimônio, quando entendemos
apenas a existência daquele bem, isto é, para cada investimento fixo,
haver-se-ia uma venda ou substituição do mesmo para manutenção da capacidade
funcional, e geração de rentabilidade ou renda para o patrimônio.
Para
se vender, bastaria tecer um lançamento simples que seria o débito de bancos ou
caixa, e o crédito de venda de ativo fixo ou imobilizado, vejamos:
D
– Banco conta movimento / Caixa
C
– Venda de ativo fixo (imobilizado)
Este
valor geralmente acontece com prejuízo, num ângulo holístico, porque é
impossível a uma empresa vender o seu imobilizado, incluindo no seu preço, a
depreciação que acumulou, os custos de manutenção, de funcionário, e outros
custos inerentes à existência do bem, prejudicando e muito o englobamento das
margens para então favorecer a entrada de disponível que compense todo o custo
dispendido.
Mesmo
sem considerar esta ótica generalista, numa ótica específica, de margem e
rendimento, igualmente não haveria lucro adequado porque muitas vezes não se
consegue obter o resultado do valor nominal das contas de imobilizado e
depreciação como valor a ser vendido para a empresa.
Em
suma, as vendas de imobilizado correm grande risco de serem feitas com
prejuízo.
Logo,
para terem lucro específico, deveriam se considerar uma série de fatores
propensos de retorno, o que dificilmente se acharia no mercado um resultado
adequado em relação aos bens usados.
Mas
mesmo assim, são fenômenos existentes e que devem ser respeitados pelo
contador, consideramos que os efeitos das vendas podem gerar não apenas
prejuízo não-operacional, mas, lucros não-operacionais geradores de reservas de
capital, que se transparecem nas vendas do imobilizado fixo e sua adequada
margem.
Não
se pode todavia, contar com estes fenômenos para se fazer caixa, ou mesmo
manter o ciclo das operações do capital circulatório, este deve se criar, e se
estender com seus próprios fenômenos, enquanto os resultados, reservas, e
lucros das vendas de imobilizado devem se contar muito poucas vezes.
Os
fenômenos de venda de imobilizado por serem esporádicos, e muito incomuns,
devem ser tratados como complementos ocasionais das circulações do capital, ou mesmo
um complemento muito rarefeito, como dissemos, o risco de se vender os bens
técnicos com prejuízo é muito grande, servindo apenas para ajudarem na
substituição para o novo bem, e como auxílio pífio aos fenômenos de giro e
manutenção do capital dinâmico.
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