A DÍVIDA PÚBLICA E A CRISE DO BRASIL


Sabe quanto tempo que o Brasil conseguirá pagar a sua dívida acumulada? No mínimo 3 anos se não tivesse mais dívidas e recebesse por três anos o que está recebendo hoje. 
Hoje se o Brasil deixar de pagar toda a dívida teria que receber o que recebe, por no mínimo 3 anos para se pagar tudo sem os juros. 
Nós demoraríamos para pagar tudo no mínimo 3 anos, se não fôssemos ter mais nenhuma dívida, só contando o que está acumulado. 
A dívida é de 4,3 trilhões em média. A receita do Estado apenas 1,3 trilhões.
A relação da receita e dívida indicam que com 4 anos tudo será pago se recebermos o mesmo tanto, e ainda pagarmos tudo sem juros, e sem outras dívidas.
Claro que isso é impossível.
A crise brasileira é ligada a isso, alto endividamento.
Uma dúvida surge: por que o Japão, e os EUA tem dívidas altas em relação ao PIB e não se tem a crise que nós temos? Uma resposta pode ser dada devido a fatores conjunturais, como inflação e juros controlados, corrupção mínima, setor privado empregando, e outros critérios. O custo-país é diferente. E a qualidade de vida também. 
Mas a dívida é uma relação que se deve ter com a atividade. 
Ninguém pode comparar os indicadores do Japão e EUA como iguais em níveis de qualidade com o Brasil.
A crise gera menos receita para o Estado então ela tenderá a cair mais, embora não tenhamos os números adequados para fazer a mensuração. 
No entanto, como fica a dívida? Poder-se-ia comparar outros países e manter o Brasil no mesmo patamar de dívida? Não. Por quê? Porque isso gerou a crise, lá não há a crise que estamos passando, lá existe gestão e nós não temos isso. 

A  conjuntura econômica do país prova que quanto mais dívida em relação ao PIB temos mais crises aparecem. 
Isso pode ser explicado por uma razão simples: a dificuldade de dinâmica empresarial.
Vamos explicar com calma.
Se o Brasil tivesse menos impostos e mais liberdade econômica, não haveria uma dependência do Estado para tanta coisa, e ele deveria guardar em reservas do dinheiro, esperando que as empresas possam não ter o mesmo rendimento. Assim os gastos são controlados, e se são maiores que a dívida, isso geraria um pagamento dinâmico, porque o retorno das políticas públicas e da liberdade econômica geraria mais fluxo de caixa.
No Brasil isso não acontece, porque se entrava na carga tributária, o custo empresarial é alto, e ainda, os entraves da burocracia impedem o crescimento, assim o Estado não fica como intermediário mas parasita, suga tudo, gasta tudo, e muito mal gastado, e o resultado disso não pode ser outro senão a quebra de empresas e a redução do nível econômico do país. 
O mercado se resolve em países que não há tantas burocracias, nos países de grande intervenção não, deve-se esperar o Estado tomar uma decisão para resolver os problemas do mercado, devido à grande dependência tributária. 
Por isso as dívidas no Brasil tem um outro comportamento que não num país igual ao Japão e os Estados Unidos.
Ora, a nossa dívida esteve tão alta num momento de grande crise que foi 1989 chegando a 100% do PIB o Brasil estava passando por um momento triste e difícil.
Ela caiu nos anos 90 e depois cresceu antes do plano real.
No plano real ela caiu por causa da moeda, o impacto fez seu número reduzir. 
E não é apenas a dívida são os juros que aumentam o capital de terceiros.
A dívida não é política pública mas diretamente danos que irão gerar saídas financeiras, e problemas de liquidez para o Estado e para o mercado. 
Uma dívida é um crescimento híbrido que deixa o patrimônio insolvente.
A dívida cresce com grandes níveis no final da década de 90, entramos em crise de novo, e depois ela diminui o início do século XXI.
Interessante em 2006-2007 a dívida externa está toda paga mas a interna cresceu mais que as duas em 2002, e depois a dívida externa começou a crescer.
Em 2010 a dívida total tinha crescido cerca de 1 trilhão líquido e quase 2 trilhões bruto.
E hoje estamos nos incríveis números de 4,3 trilhões.
Em cinco anos a dívida dobra no Brasil. As causas são as péssimas ações administrativas das esferas públicas, em especial da União. 
Quando se cresce com a dívida não é crescimento, é um tipo de inchaço.
A resposta que isso não é bom é o desempenho do mercado.
Nós sempre tivemos dívidas altas, mas nos últimos 15 anos ela cresceu por lapsos de gestão atrelada a grandes políticas mal feitas.
Não entendo como os economistas que dizem que a dívida não representa tanta coisa em relação ao PIB por um motivo simples, o fato de existir a solvência, e a descapitalização do Estado.
Se o Ativo do Estado for maior que a dívida ainda teríamos solvência, mas comparando apenas a receita é impossível chegarmos a um patamar que seja considerado equilibrado. 
Vamos fazer um teste simples: será que uma divida que é 70% de tudo o que se produz no país pode ser considerada positiva no momento que os serviços dos Estados mal mal conseguem se manter com qualidade? 
No caso do Brasil não é e não está sendo bom. Muita dívida e pouco retorno à população agora arriscando até a futura geração sem dúvidas. 
Dívidas devem ser inferiores ao ativo e menores que os meios de pagamento, inclusive, as receitas devem ser maiores que as despesas, esses são princípios básicos. 
Se tudo o que se produz num terreno geográfico quase continental tem uma dívida 70% igual ao de sua grandeza sem dúvida por visão básica isso não é bom. 


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